POLÍCIA
No Acre, jovem do tráfico de drogas rompe tornozeleira eletrônica e se encontra foragida da justiça
Lara Fabiana Carvalho Pena, uma jovem de 26 anos natural de Epitaciolândia, na fronteira com a Bolívia, está sendo procurada pelas autoridades após romper a tornozeleira eletrônica que usava como parte de sua pena restritiva de liberdade por tráfico de drogas. A jovem fugiu da casa de sua avó em Epitaciolândia e seu paradeiro é desconhecido. A Polícia Penal e outros órgãos de segurança estão empenhados em localizá-la.
Lara, conhecida por sua beleza e traços finos, compartilhou em suas redes sociais o status de relacionamento sério com um homem chamado Juliano Plácido, que agora é suspeito de estar ajudando na fuga da jovem. Investigadores da Polícia Penal acreditam que o casal possa estar escondido em Rio Branco ou até mesmo ter cruzado a fronteira e se refugiado na Bolívia, já que Lara já viveu no país e fala espanhol fluentemente.
A trajetória criminosa de Lara começou em fevereiro de 2023, quando ela e seu então marido, José Dutra Aguilera, foram presos em uma barreira da Polícia Rodoviária Federal. Na ocasião, Lara foi flagrada transportando quase cinco quilos de drogas, escondidos sob seu vestido longo. Após serem presos em flagrante, o casal foi levado à sede da Polícia Federal em Epitaciolândia, mas foram soltos em audiência de custódia, com a imposição do uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, menos de 15 dias depois, o casal foi novamente preso por cometer o mesmo crime.
Em março de 2023, o casal foi transferido para o sistema prisional em Rio Branco. Antes de ser capturado pelo segundo crime, José Dutra Aguilera rompeu o equipamento eletrônico e até mesmo enviou o dispositivo à Delegacia de Polícia Civil de Epitaciolândia, utilizando a ajuda de uma parente de Lara. Essa parente, cuja casa era usada como base para as atividades ilegais do casal, acabou se envolvendo involuntariamente no caso.
Apesar de serem obrigados a usar a tornozeleira eletrônica por pelo menos 90 dias, enquanto as investigações estavam em andamento, o casal decidiu romper os equipamentos e retomar suas atividades no tráfico de drogas, desafiando as autoridades de segurança.
O casal buscava recrutar pessoas, conhecidas como “mulas”, para transportar drogas. A polícia registrou aproximadamente nove casos de pessoas presas que afirmaram que a droga pertencia ao casal. Segundo as investigações, as pessoas recrutadas para o tráfico tinham entre 19 e 20 anos e eram pagas para transportar pequenas quantidades de entorpecentes, cerca de dois quilos por viagem, de Epitaciolândia para Rio Branco.
A polícia elaborou um relatório com provas e testemunhas, informando à Justiça que o casal continuava envolvido no crime, e solicitou a prisão preventiva de ambos, que foi aceita pela juíza da comarca. O casal foi encarcerado na Unidade Prisional Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, e foram separados em pavilhões diferentes, o que acabou esfriando o relacionamento entre eles e levou ao fim do casamento.
José Dutra Aguilera admitiu ser o proprietário das drogas encontradas com Lara, o que resultou em sua libertação em outubro do ano passado, sob monitoramento. No entanto, na terça-feira (23), após postagens sobre um novo relacionamento, Lara desapareceu após romper o equipamento eletrônico. As autoridades de segurança estão investigando se o casal está em Rio Branco ou se fugiram para a Bolívia.