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ENTRETENIMENTO

Conheça o goiano que faz história no carnaval como rei de bateria de escola de samba

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Era o ano de 2015, época em que as redes sociais ainda não tinham o mesmo engajamento de hoje. O goiano John Avelino sambava debaixo de chuva enquanto a Estação Primeira de Mangueira desfilava. Essa performance foi crucial para um espectador que gravou a cena, resultando em um vídeo que se tornou viral. Foi a primeira expressão pública do cabeleireiro e maquiador que, atualmente, é rei de bateria na União de Jacarepaguá, na Série Prata. Ele rechaça disputas por ego, enfatizando: “O mais importante é a escola”.

Em 2001, ainda em sua infância, John realizou um trabalho escolar sobre a Caprichosos de Pilares, cujo samba-enredo naquele ano era Goiás, Um Sonho de Amor no Coração do Brasil. A identificação com o tema motivou o jovem a investir no sonho de participar do carnaval carioca, um sonho que se realizou ao atingir a maioridade.

“O que me define quando estou à frente da bateria é a felicidade. Livre de qualquer amarra, livre de julgamentos. Estou ali para me divertir e fazer o melhor pela minha escola”, afirmou em entrevista exclusiva ao Terra.

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O vídeo que viralizou foi o catalisador para John se aproximar ainda mais do samba. Ele participou pela primeira vez de um desfile como semi-destaque de alegoria pela Unidos da Tijuca em 2016. Em 2019, também atuou como semi-destaque, até alcançar o posto de rei de bateria da Lins Imperial no ano passado, compartilhando o título com a digital influencer Katarina Harmony.

“Tudo o que conquistei foi resistindo ao preconceito e ao racismo. Por ter a coragem de enfrentar desafios, me coloco em uma posição de inspiração para outras pessoas”, declarou.

Na história do carnaval, personalidades como o apresentador David Brazil e o ator e maquiador Zé Reinado já ocuparam o cargo de rei de bateria. John é o primeiro a alcançar o posto de Rei do Carnaval sem dividir o protagonismo com uma rainha de bateria. Ele descarta disputas internas e reafirma a importância do papel das rainhas de bateria.

“Não podemos construir uma história negando o legado de quem já contribuiu para o carnaval. Disputar esse espaço seria negar todo o esforço que as mulheres fazem à frente da bateria. Eu não estou tomando o lugar de ninguém”, enfatizou.

John exemplifica ao pé da letra o samba-enredo da Mangueira de 2015, que serviu de trilha sonora para o vídeo que se popularizou: “Agora Chegou a Vez, Vou Cantar: Mulher de Mangueira, Mulher Brasileira em Primeiro Lugar”.

 

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