Rodovia Mogi-Bertioga, que dá acesso ao litoral de SP, é interditada por queda de barreira

A Rodovia Mogi-Bertioga, que dá acesso à parte sul do litoral norte de São Paulo, foi interditada na manhã desta quinta-feira, 25. A interdição ocorreu devido a uma queda de barreira e pedra em trecho de serra da estrada, na altura do km 84.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), há bloqueios em Mogi das Cruzes, no km 69, e no trevo com a Rio-Santos, no km 98. “Rotas alternativas: SP150 e SP160 (Sistema Anchieta-Imigrantes)”, informou o órgão, por volta das 9h desta quinta-feira.

A Rodovia dos Tamoios, principal ligação com a parte norte do litoral paulista, também teve a pista sentido Caraguatatuba interditada, na noite de quarta-feira, 24, devido ao risco de deslizamentos por causa do excesso de chuvas na região. Em razão do feriado na capital pelo aniversário de São Paulo, o tráfego está acima do normal e há congestionamentos.

A serra antiga da Tamoios, que já havia sido interditada pelo excesso de chuvas na terça-feira, 23, voltou a ser interditada às 20h30 de quarta-feira pelo mesmo motivo. Conforme a concessionária, o fechamento da pista sentido litoral no trecho de serra acontece toda vez que o índice de chuvas na região acumula 100 milímetros no espaço de 72 horas.

A medida é preventiva devido ao risco de queda de barreiras. Com o fechamento da pista antiga, o tráfego nos dois sentidos, para Caraguatatuba e São José dos Campos, passou a fluir pela pista nova da serra, em forma de comboios, no sistema pare e siga, organizados pela Polícia Rodoviária.

Conforme a Polícia Rodoviária, a opção para os motoristas, tanto no sentido litoral, como em direção a São Paulo, é utilizar a Rodovia dos Imigrantes. Quem segue para Ubatuba pode ainda optar pela Rodovia Oswaldo Cruz, mas que também tem um trecho de serra sujeito a deslizamentos.

Alerta para fortes chuvas

Na noite de quarta-feira, 24, a Defesa Civil de São Paulo emitiu um alerta para fortes chuvas que devem atingir o litoral de São Paulo entre esta quinta, 25, e sábado, 27. O órgão destaca as regiões da Baixada Santista, Vale do Ribeira e Litoral Norte como principais pontos que podem ser atingidos pelas precipitações.

“Na Baixada Santista, a chuva acumulada nos três dias pode chegar a 220 mm. No Vale do Ribeira, os registros devem ser de até 180mm. No Litoral Norte, os acumulados podem atingir 150 mm. Já outras regiões da faixa do leste do estado terão possibilidade de chuva moderada, com acumulados que variam entre 60 mm a 100 mm”, informou a Defesa Civil

Os temporais serão formados em decorrência da atuação de áreas de instabilidade atmosférica que trarão umidade do oceano, o que cria condição para pancadas de chuva. As previsões para São Paulo e região metropolitana, Vale do Ribeira e interior do Estado também são de temporais, mas com acumulados que devem variar de 60mm e 100mm.

“Com a previsão de grandes volumes acumulados no final de semana, especialmente no Litoral Paulista, a Defesa Civil do Estado recomenda atenção redobrada em áreas urbanas mais vulneráveis. Devido ao encharcamento do solo, haverá risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a descargas elétricas e vento forte”, destacou o órgão.

São Sebastião aciona sirene de evacuação

Os fortes temporais que atingiram São Sebastião, litoral norte de São Paulo, fizeram a Defesa Civil municipal acionar na noite de quarta-feira a sirene de evacuação para a comunidade Vila Sahy, na costa sul da cidade. De acordo com o órgão, as pessoas que vivem no local devem sair de suas casas em razão do risco de deslizamento e inundação na região.

Os moradores são orientados a se instalarem na Escola Municipal Henrique Tavares de Jesus, ponto de abrigo definido pela Defesa Civil, localizado na Avenida Adelino Tavares, 301.

Foi o primeiro alerta do tipo emitido em São Sebastião, que há menos de um ano, no feriado de carnaval, sofreu com os estragos provocados por um temporal de força extrema –626 mm (um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado).

Na ocasião, 64 pessoas que estavam na cidade durante os temporais morreram. Muitos ficaram desabrigados e outros ainda ficaram desaparecidos, embaixo dos escombros das casas levadas pelos deslizamentos de terra. A Vila Sahy, a mesma a receber o alerta de evacuação na quarta, foi uma das áreas mais afetadas pelos temporais daquela época.