RIO BRANCO
Aumento de 6,97% não agrada rio-branquenses
O valor do salário mínimo para 2024 passou de R$ 1.320 para R$ 1.412, uma porcentagem de 6,97. Com isso, a diária de um trabalhador passará a ter o valor de 45,54.
Com tudo, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o salário mínimo deveria ser de R$ 6.575,30.
Para Andressa Souza, 32 anos, é sempre a mesma coisa. “Aumenta o salário e tudo aumenta em seguida, gás, gasolina, alimentos. Como mãe de 3 crianças, vejo cada dia mais difícil se manter somente com o básico do básico. Ou a gente faz um extra ou passa fome”, diz a mulher que além de trabalhar como serviços gerais complementa a renda com venda de perfumarias.
Ronildo da Silva, 38 anos, também não avalia como um aumento significativo e que vá suprir as necessidades de sua família.
“Minha esposa e eu trabalhamos e aos fins de semana ela ainda faz unha para conseguir um extra, temos um casal de filhos e uma feira para passar o básico é no mínino R$ 1 mil. A gente vai no mercado e a cada mês observa que paga mais e traz menos alimentos. A gente corta algo daqui, outro dali e isso não muda, todo ano a mesma coisa”.
A comerciante Ana Paula Farias, 32, anos trabalha junto com o marido em uma loja de assistência técnica e variados e diz que as vendas vem caindo com o passar dos anos.
“Já tivemos anos em que faturamos bem. Ele está nessa área há mais de 20 anos e diz que o poder de compra está cada vez menor. Tanto que antes era só assistência, hoje, colocamos objetos variados e até produtos cosméticos para termos vendas”.
Ainda de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o atual valor é 6 vezes menor que o ideal.
O ranking da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil possui o segundo menor salário mínimo entre 31 países, ficando na frente, apenas, do México, que tem o menor valor menor.