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Sonhando em ser engenheiro aeroespacial, menino de 11 anos comemora 2ª aprovação em vestibular

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Toda criança sonha com o que quer ser quando crescer. Com o pequeno João Pedro Araújo, que completou 11 anos recentemente, não é diferente: ele quer ser engenheiro aeroespacial. A diferença, em comparação a outras crianças de sua idade, é que “JP das Galáxias”, como é conhecido, já parece ter traçado os passos que dará para realizar seu grande desejo. Com tão pouca idade, ele foi aprovado em dois vestibulares e se prepara diariamente para seleções ainda mais difíceis.

Na última semana, JP ficou sabendo da aprovação em Física, na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Antes, também em 2023, o pequeno gênio foi selecionado no vestibular da Universidade de Fortaleza (Unifor) para cursar Administração.

Mas a mãe, Sarah Araújo, tranquiliza os corações de quem quer saber mais sobre o futuro de JP. Ele não deve cursar nenhuma faculdade por enquanto, apesar das aprovações, que são vistas como um treino pela família.

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“A gente não planeja que ele entre [na faculdade] agora. Porque, pelo menos a faculdade de Física foi numa universidade pública, o que demanda muito tempo pra ele poder estudar. Eu teria que estar presente com ele todo dia, até pelo ambiente, que é ‘mais pesado’. Ele não está preparado ainda pra estar só num ambiente desse”, afirma. Ela também considera que o menino teria menos tempo para focar em seu objetivo principal que é ser aprovado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Além da certeza de que quer ser engenheiro aeroespacial, JP também conta que gostaria de trabalhar dando aulas, quem sabe tendo uma graduação em Física mesmo, ou Matemática. Esse lado, do ensino, ele já exercita com vídeos que publica no Youtube e no Instagram. Hoje, são mais de 19 mil seguidores que acompanham sua rotina nesta segunda rede social.

O menino ficou famoso depois de participar do quadro Pequenos Gênios, do programa Caldeirão com o Huck, no ano passado. Ele conta já ter sido reconhecido andando pelas ruas de algumas cidades do País, como Brasília e Rio de Janeiro.

Criança continua sendo criança

Mesmo com a rotina de estudos diferenciada, a mãe de JP faz questão de ressaltar que ele continua sendo uma criança. A superdotação, além de impulsionar o aprendizado do menino, também exige alguns cuidados específicos, como terapia e outros acompanhamentos. “São crianças normais, que brincam, que choram, que têm suas especificidades”, ressalta Sarah.

JP foi avançado em um ano na escola, mas conta que a diferença entre os colegas é bem pequena. “A nossa idade é muito perto, eu me dou muito bem com eles”, diz. Com os amigos, brinca de pega-pega, totó, ping-pong, bola… “Eu gosto de jogar um monte de coisa que tem na escola.”

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Para além das aulas regulares, JP pode acompanhar algumas classes com estudantes do Ensino Médio. Quando chega em casa, ele conta que sempre opta por estudar mais um pouco, e, quando sobra tempo, parte para os jogos.

Sobre sentir cansaço com essa rotina puxada, JP confessa que, às vezes, sente sim. “Mas eu sinto que eu estou fazendo uma coisa boa. Eu estou fazendo o que eu tenho que fazer para eu conseguir ser aprovado nessas universidades que quero”, pontua.

 

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