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Brasil registra 4 vezes mais casos de dengue em janeiro deste ano; confira estados mais afetados
O Brasil tem 262.247 casos prováveis de dengue, segundo a última atualização do Ministério da Saúde, divulgada na tarde desta sexta-feira, 2. O número é quatro vezes maior do que o registrado na última semana epidemiológica de janeiro do ano passado. O aumento acendeu o alerta nos estados e no ministério, que instalou um Centro de Operações de Emergência – COE Dengue na última quinta-feira, 1º.
A situação é mais alarmante no Distrito Federal, que apresenta a maior incidência de casos disparado em comparação aos outros estados brasileiros. São 1147,8 casos prováveis de dengue a cada 100 mil habitantes. Ao todo, 32.334 pessoas estão com suspeitas da doença na região.
Em seguida vem o Acre, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Espírito Santo. O Estado do Rio de Janeiro aparece em sétimo na lista, o que fez o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, lançar uma série de medidas para conter a epidemia de dengue na cidade. Por lá, o número de internados em janeiro atingiu o maior número da história da cidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O boletim desta sexta-feira, 2, atualiza os casos de dengue no Brasil
Em termos gerais, os casos prováveis de dengue para janeiro deste ano conseguem se equivaler ao registrado em anos inteiros no Brasil. Em 2017 e 2018, por exemplo, o país registrou 239.389 e 262.594 casos de dengue respectivamente.
Vacina contra dengue
O Ministério da Saúde anunciou que 521 municípios vão receber e aplicar vacinas da dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A imunização está prevista para começar neste mês de fevereiro, segundo a pasta.
Ainda haverá a definição de público e regiões prioritárias. No entanto, na primeira fase da imunização serão vacinados cidadãos de 16 estados e do Distrito Federal que possuem municípios que preenchem os requisitos para o início imediato da imunização.
Os estados são:
Goiânia;
Bahia;
Acre;
Paraíba;
Rio Grande do Norte;
Mato Grosso do Sul;
Amazonas;
São Paulo;
Tocantins;
Roraima;
Espírito Santo;
Rio de Janeiro;
Paraná;
Minas Gerais;
Santa Catarina.
Inicialmente, os lotes da Qdenga serão destinados para os municípios que possuem mais de 100 mil habitantes e altas taxas de transmissão da doença nos últimos dez anos. A Qdenga, que será aplicada pelo SUS, demonstrou ser eficaz contra três sorotipos da dengue: o DENV-1 em 69,8% dos casos; o DENV-2 em 95,1%; e o DENV-3 em 48,9%.
Não foi possível avaliar a eficácia da vacina da dengue para o DENV-4, pois haviam poucos casos de dengue causados por esse sorotipo. Esses dados foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim).
Quem pode tomar a vacina da dengue?
Na primeira fase, a vacina da dengue será oferecida apenas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Esse grupo foi escolhido pois esta é a faixa etária que apresenta maior risco de agravamento da doença.
Porém, a Qdenga é indicada para pessoas dos 4 aos 60 anos, desde aqueles que já tiveram dengue até aqueles que nunca foram infectados — ao contrário da Dengvaxia, que é recomendada apenas para pessoas que já foram infectadas com o vírus da dengue.
A Qdenga não é recomendada para os seguintes grupos:
Pessoas com mais de 60 anos;
Possui alergia a algum dos componentes da vacina;
Possui o sistema imunológico comprometido;
Possui alguma condição imunossupressora;
Gestantes e lactantes.
No caso Dengvaxia, disponível apenas na rede particular, ela também não é recomendada para pessoas acima dos 45 anos.