GERAL
Endividamento no Acre: 11% das famílias não conseguirão pagar as contas
No Acre, a situação financeira das famílias está se tornando cada vez mais preocupante. De acordo com uma pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 78,1% das famílias acreanas estão endividadas, e 24,5% delas terminaram o mês de janeiro com contas atrasadas. No entanto, o dado mais alarmante é que 11,5% dessas famílias não terão condições de pagar suas contas neste início de 2024.
O estado do Paraná lidera o ranking de endividamento, com o maior percentual entre todas as unidades federativas. Em janeiro, 17 estados apresentaram um percentual acima da média nacional. Em relação à inadimplência, o Rio Grande do Norte se destaca, sendo o estado com o maior número de famílias com contas em atraso. Já o Rio de Janeiro lidera o ranking das famílias que não têm condições de pagar suas dívidas atrasadas.
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC desde 2010, revela que a redução da taxa básica de juros (Selic) tem impactado positivamente nos indicadores de inadimplência. O percentual de famílias com dívidas em atraso diminuiu pelo quarto mês consecutivo, atingindo o menor nível desde março de 2022, com 28,3%. Essa tendência de queda também é observada no percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas, um grupo considerado o mais complexo dos inadimplentes, mostrando uma queda persistente nos últimos três meses.
Janeiro foi um mês de aumento no endividamento da população, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC. O percentual de famílias com dívidas a vencer foi de 78,1%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação a dezembro e 0,1% em comparação com janeiro do ano passado. No entanto, houve uma diminuição na taxa entre as famílias de classe média, com rendimento entre 5 e 10 salários mínimos, atingindo 76,4% desses consumidores. Nesse caso, houve uma queda de 1,9 ponto percentual em relação a dezembro e 0,8 ponto percentual em comparação com janeiro de 2023.
A inadimplência também apresentou uma queda de 0,5 ponto percentual em janeiro, em comparação com o mês anterior, e 1,6 ponto percentual em relação a janeiro de 2023. O percentual de famílias com dívidas em atraso fechou o mês em 28,3%, o menor nível desde março de 2022. Entre os inadimplentes, a CNC também monitora aqueles que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas, alcançando 12% das famílias em janeiro.
Esses dados são coletados em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, com a participação de aproximadamente 18 mil consumidores. A pesquisa permite traçar um perfil do endividamento e da inadimplência, acompanhando o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.
Com o aumento da importância do crédito na economia brasileira, especialmente o crédito ao consumidor, é fundamental acompanhar esses indicadores para analisar a capacidade de consumo futura. Os principais indicadores da Peic incluem o percentual de famílias endividadas, os principais tipos de dívida, o nível de endividamento, o tempo de comprometimento com dívidas, o percentual de famílias com contas/dívidas em atraso, o percentual que não terá condições de pagar dívidas e o tempo de atraso no pagamento.
É importante que as famílias estejam atentas às suas finanças e busquem alternativas para lidar com o endividamento, como o planejamento financeiro, a renegociação de dívidas e o controle dos gastos.