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Taxa de apoio à legalização do aborto se mantém estável em 24%, revela pesquisa

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A oposição à legalização do aborto no Brasil atingiu um novo recorde, chegando a 61%, de acordo com uma pesquisa realizada pelo PoderData em janeiro de 2024. Esse número representa um aumento de 2 pontos percentuais desde maio de 2022 e de 3 pontos percentuais desde o início da série histórica em janeiro de 2021.

Por outro lado, 24% dos entrevistados afirmaram ser a favor da liberação do procedimento, mantendo-se estáveis nos últimos dois anos. Em contraste, em janeiro de 2021, 31% apoiavam a permissão do aborto no país.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de gravidez resultante de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto.

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Apesar da maioria dos brasileiros se mostrar contrária à legalização do aborto, há uma ação em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a descriminalização. A ministra aposentada Rosa Weber pautou o tema em setembro de 2023 e votou a favor da descriminalização antes de deixar o cargo. No entanto, o atual presidente do STF, Roberto Barroso, não considera o assunto uma prioridade e afirmou ser contra o aborto, sem previsão para retomar a discussão.

A pesquisa foi conduzida pelo PoderData, com 2.500 entrevistas realizadas em 229 municípios nas 27 unidades da Federação. Ao estratificar os dados por faixas demográficas, verificou-se que a taxa de oposição ao aborto aumenta entre homens (64%) e idosos com 60 anos ou mais (66%). Além disso, a maioria das regiões do país é contra a interrupção da gravidez, com as maiores taxas registradas no Sul e no Nordeste (64%) e as menores no Norte e Centro-Oeste (55%).

Esses resultados refletem um panorama complexo e sensível sobre a questão do aborto no Brasil, que continua gerando debates e posicionamentos divergentes na sociedade.

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