Caso Jonhliane: Defesa alega que mãe de Ícaro está com câncer e tenta evitar prisão do foragido

A defesa de Ícaro Pinto, condenado pela morte e atropelamento da acreana Jonhliane de Souza, sofreu mais uma derrota na Justiça após o Tribunal de Justiça do Acre negar o habeas corpus impetrado pelos advogados em seu nome.

Os advogados de Ícaro alegaram que a mãe dele, Alcilene Gurgel, estaria enfrentando um diagnóstico de câncer e necessitaria dos cuidados do filho para dar continuidade ao tratamento. Esta foi a justificativa apresentada pela defesa para solicitar a liberdade do condenado.

Ícaro foi julgado e condenado em maio de 2022. Posteriormente, em outubro do mesmo ano, ele foi contratado pelo Sinproacre, sindicato que já teve sua mãe como presidente, com um salário inicial de R$ 2.424,00. Em 2023, seu salário foi reajustado duas vezes: primeiro para R$ 2.604,00 em janeiro e depois para R$ 2.851,20 em maio.

Além disso, os advogados de Ícaro alegaram que o Ministério Público do Acre solicitou a regressão do regime prisional com base em uma briga na qual se envolveu, porém sem apresentar evidências concretas que justificassem tal pedido.

Atualmente foragido, Ícaro não se entregou à Delegacia dentro do prazo estipulado, levando as autoridades de Segurança Pública a iniciar buscas pelo condenado. A Polícia Civil do Acre informou ter ido ao endereço residencial de Ícaro indicado no processo pelo Ministério Público, porém não o encontrou no local.

As buscas por Ícaro estão a cargo do Núcleo Especializado em Capturas da Polícia Civil (Necap), que inclusive alertou as polícias de fronteira sobre a situação para impedir uma possível fuga.

A defesa anterior de Ícaro renunciou ao caso nos últimos dias, sendo substituída por uma nova equipe de advogados sediada no Rio Grande do Norte. Os novos advogados recorreram da decisão que resultou na regressão do regime prisional de Ícaro, fazendo com que ele passasse do regime semiaberto em prisão domiciliar para o regime fechado.