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POLÍTICA

Lewandowski diz que 500 agentes atuam por dia em buscas por presos que fugiram de Mossoró

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O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, detalhou à imprensa que 500 agentes atuam por dia nas buscas pelos dois presos que fugiram do presídio Federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte. As equipes estão divididas em dois turnos, com cerca de 250 atuando durante o dia e 250 no período noturno.

Lewandowski disse, no entanto, que as buscas acontecem em um cenário desfavorável. “O terreno é difícil e as condições são desfavoráveis. Acabamos de ter uma chuva torrencial que dificulta as buscas, inclusive de identificar os rastros de presos”, disse, e acrescentou que os drones de calor tem dificuldade de identificar sinais se os presos estiverem escondidos em grutas e cavernas, por exemplo.

O ministro defendeu que as possíveis falhas das unidades federais já estão sendo corrigidas e que a unidade de Mossoró “voltou a ser absolutamente segura e apta para custodiar os detentos”. Lewandowski afirmou que a pasta já vai iniciar a construção de muros mais altos em Mossoró e que as demais medidas, como reconhecimento fácil, sensores de presença e contratação de mais policiais penais federais, está sendo providenciado.

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Na manhã deste domingo, o ministro disse que o episódio de fuga “não afeta em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas que é um problema localizado e será superado em breve com a colaboração de todos”.

Nesta tarde, o chefe da pasta de Segurança voltou a elogiar o entrosamento das equipes, que hoje reúne equipes da Polícia Federal e Rodoviária Federal, e policiais militares, civis e penais. O ministro também não deu declarações sobre envolvimento de agentes da prisão que podem ter ajudado os presos.

“Enquanto as investigações não terminarem em âmbito administrativo e policial, não podemos afirmar que houve conivência, mas todas as hipóteses estão sendo investigadas”, declarou.

Reféns

Na sexta-feira (16), os presos chegaram a fazer uma família refém a cerca de 15km da prisão. Segundo fontes da RECORD, os criminosos teriam invadido uma casa, onde ficaram por cerca de quatro horas, pediram comida e roubaram um celular. Em seguida, teriam deixado o local. Mais de 300 agentes estão envolvidos na busca pelos criminosos. Drones com sensores térmicos são usados nas buscas, mas os equipamentos têm confundido o calor das rochas da vegetação com a temperatura do corpo humano.

A penitenciária de Mossoró tem, em média, quatro agentes de execução penal para cada preso. Os dados, que são do Painel Estatístico de Pessoal do governo federal e da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), foram coletados pelo R7. Segundo os números oficiais, o país tem 1.493 servidores do tipo ativos, dos quais 16,7% (249) estão lotados em Mossoró.

A prisão de segurança máxima tem, no total, 68 detentos — segundo menor número de presos de uma penitenciária federal, atrás apenas da unidade de Brasília (DF). Ou seja, o presídio tem quase quatro vezes mais servidores desse tipo do que detentos.

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