POLÍTICA
Em sessão, vereador afirma que Ricco Transportes está com salário de trabalhadores atrasados
Além de transportes dando problemas durante rotas na cidade, agora a empresa Ricco Transporte também está com salário dos trabalhadores atrasados. A confirmação foi dada pelo vereador Raimundo Neném (PSB), na manhã desta quarta-feira, 21, durante sessão na Câmara dos Vereadores de Rio Branco (AC).
A empresa é a única que atua na capital com o transporte público e está em caráter de contratos temporários emergenciais de seis meses, já que a atual gestão municipal não consegue fazer uma licitação para efetivar uma empresa nesse sistema. Outro ponto, confirmado por trabalhadores, que preferem não se identificar, é que a cesta básica não foi entregue. “A gente conta com isso para levar o alimento para nossas casas e temos que aceitar calados para não corrermos o risco de uma demissão”, disse.
Ainda na sessão, o vereador disse que além da cesta básica, as horas extras não estão sendo pagas e para ele isso é inadmissível já que a Ricco recebe subsídio de R$ 2,63 por cada tarifa. Vale destacar também que, em 2024, a empresa receberá mais de R$ 7 milhões em subsídios da prefeitura de Rio Branco.
“A gente ver a reclamação dos servidores, dos trabalhadores que estão com a cesta básica atrasada, o salário com até 15, 20 dias de atraso. Isso é preocupante. Chegaram um grupo de motoristas de Ônibus aqui, me procuraram e relataram a situação, e eu quero cobrar. Estou cobrando aqui a Prefeitura de Rio Branco que deu uma apertada, uma conversada com o transporte até porque é o dinheiro público que está sendo investido”, pontou o parlamentar.
Já a RBTrans, por meio do diretor-presidente Benício Dias, diz não ter conhecimento dos atrasos e que não fará nada enquanto não houver tudo documentado. Por outro lado, os trabalhadores questionam sobre quem fará esse documento, pois será sentenciado a perder o emprego.
“Eles sabem do que está acontecendo, mas estão se omitindo. Quem vai ter coragem de meter a cara e depois ser demitido? Ninguém, pois temos famílias”, finalizou um trabalhador.