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ESPORTES

Boicote ao Vasco no Maracanã evidencia perseguição de rivais

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Flamengo e Fluminense passaram recibo esta semana ao tentar boicotar a realização do jogo de volta entre Nova Iguaçu e Vasco, pela semifinal do Campeonato Carioca, no Maracanã. Primeiro, a dupla responsável pelo consórcio que administra o estádio ignorou o pedido do clube da Baixada para mandar a partida. Em seguida, culpou uma suposta indefinição por parte dos envolvidos.

Se houve indefinição, foi por parte do consórcio. Por três dias, a administração do Maracanã não respondeu ao pedido do Nova Iguaçu, obrigando a definição do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, como sede da partida marcada para o próximo domingo.

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Apenas após grande repercussão negativa, manifestação do governador Cláudio Castro, que se atentou que também tem eleitores que torcem por outros clubes além de Flamengo e Fluminense, e um novo pedido do Nova Iguaçu, é que o consórcio, pressionado, concordou em liberar o estádio.

Nesta quinta-feira, em nota oficial, a parceria Fla-Flu argumentou que a decisão de alugar o estádio para outros clubes é pautada por critérios técnicos, “considerando a época do ano e o tempo disponível para a recuperação do gramado”. Por que, então, em caso de inviabilidade técnica, o consórcio não respondeu prontamente ao pedido do Nova Iguaçu? Negar uma solicitação de aluguel com a devida justificava é bem diferente de ignorá-la.

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Em outras ocasiões, o Vasco precisou entrar na Justiça para conseguir o direito de mandar jogos no Maracanã, previsto no Termo de Permissão de Uso do estádio. A concessão provisória para Flamengo e Fluminense já foi renovada oito vezes desde 2019, algo que só se sustenta pela incompetência e leniência do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que empurrou com a barriga o processo de licitação pela gestão do estádio.

Finalmente, o trâmite formal saiu do papel e o Vasco, por resolver disputar a administração do Maracanã mesmo já tendo estádio próprio (São Januário), se tornou alvo dos rivais em meio ao processo de concorrência. Em meio a uma disputa político-econômica, a perseguição ao clube por parte do consórcio fica evidente com a mesquinharia e desfaçatez de atravancar pedidos de jogos envolvendo a equipe cruzmaltina.

Embora cedido temporariamente à gestão dos clubes, o Maracanã continua sendo um bem público, construído e reformado com dinheiro dos contribuintes. Se não for capaz de sediar semifinais e finais de Campeonato Carioca, pode fechar as portas, pois, assim, sua finalidade como equipamento de lazer e espetáculo do futebol terá sido completamente desvirtuada, não importa quem esteja na administração.

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