POLÍCIA
“Ele já me atacou outras vezes, mas ontem desonrou minha cidade”, diz deputado sobre comentário de repórter acreano; MPAC pede instauração de inquérito policial
Indignado, o deputado estadual Tanízio Sá, se pronunciou repudiando os comentários de um jornalista durante a sessão da Assembleia Legislativa do Acre desta terça-feira, 26.
Em sua fala, o parlamentar destacou a falta de respeito ética do tal repórter em seus comentários contra os moradores do município de Manoel Urbano. “Quero falar a respeito de um comentário feito nas redes sociais, de um jornalista que frequenta esta casa. Ele já me atacou outras vezes, mas ontem ele desonrou minha cidade”, disse Tanízio.
O repórter comentou a respeito dos indígenas que moram às margens do Rio Purus, onde estes mataram um enorme jacaré-açu que estava assustando a população e até atacando pequenos barcos.
“A Câmara de Vereadores de Manoel Urbano se manifestou e o prefeito também. Moveram uma ação contra ele, e eu como filho daquela cidade, onde já fui vereador e fui prefeito, não posso ficar calado”, destacou o deputado.
Tanízio informou que está tomando medidas legais contra o tal repórter, apresentando uma representação criminal junto ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), e uma nota de repúdio contra o repórter.
“Não posso ficar calado diante da falta de respeito desse jornalista com a minha cidade. Ele chamou a população de Manoel Urbano de faminta e miserável. Essa publicação foi ofensiva, discriminadora”, complementou.
A sessão ainda não havia terminado quando o repórter, denunciado e repudiado por comentários xenofóbicos contra a população do Município de Manoel Urbano, divulgou uma nota de retratação nas redes sociais. Mesmo com a nota, o deputado Tanízio Sá devem seguir com as ações judiciais.
Na manhã desta segunda, a Promotoria Cumulativa de Manoel Urbano instaurou um procedimento solicitando a instauração de inquérito policial para apurar possível crime de xenofobia após declarações proferidas pelo jornalista.
O MPAC oficiou a Polícia Civil para que proceda à investigação e verifique se houve uso abusivo da liberdade de expressão capaz de caracterizar crime de xenofobia.