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POLÍTICA

Terceirizados dizem que estão passando necessidade por falta de pagamento de empresas no Acre, denuncia deputado

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O deputado estadual Fagner Calegário (Podemos) voltou a falar sobre o problema recorrente da falta de pagamentos dos servidores terceirizados que prestam serviço em empresas contratadas pelo Estado do Acre. O parlamentar destacou o quanto é difícil receber dezenas de mensagens de pais e mães pedindo ajuda, pois estão sem receber seus salários e benefícios.

“Pais e mães de família que estão trabalhando e quando chega no final do mês não recebem. Pais e mães de família que estão com sua luz cortada. Pais e mães de família que estão sem ter o que comer. É incontável o pedido de ajuda dos trabalhadores dos municípios”, diz Calegário.

Segundo o parlamentar, não dá pra contabilizar o número de pedidos de ajuda de trabalhadores que estão sem receber, e o que mais impressiona é que são sempre as mesmas empresas.

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No dia do aniversário do governador Gladson Cameli, 26 de março, Calegário alfinetou o aniversariante, dizendo que quem ganhou o presente foram os terceirizados, referindo-se a falta de pagamentos. Calegário diz já ter procurado o chefe do executivo várias vezes, assim como o secretário da Casa Civil, Jonathan Xavier Donadoni, para tratar do problema dos terceirizados, mas sem sucesso.

“Talvez a importância não está sendo dada porque não é ninguém da nossa família. Talvez a gente não está dando a importância necessária porque não está doendo em ninguém da nossa casa”, diz Calegario, chamando atenção também dos deputados.

Os relatos do deputado Calegário, oriundos das mensagens via WhatsApp que ele tem recebido, vão desde fotos de geladeiras vazias, a pedidos de passagem de ônibus para que os trabalhadores não faltem o serviço, além de pedidos de ajuda com alimentos porque os filhos não tem o que comer para ir para a escola.

O parlamentar pediu ajuda aos colegas parlamentares, a fim de resolver em definitivo esse problema, já que o governador e seus secretários “não têm interesse em resolver”. “Vamos começar a tratar isso com sentimento, com o coração àquelas pessoas que nos confiaram estar aqui”.

Pior do que estar sem receber e com contas atrasadas, Calegário destacou ainda a perseguição sofrida pelos trabalhadores, que não podem sequer se manifestar em suas redes sociais, muito menos ir à Assembleia Legislativa para reivindicar, pois são perseguidos e demitidos, no entanto, as empresas continuam recebendo do Governo do Acre.

“Agora eu quero saber qual é a mágica, o malabarismo que é feito para essas empresas receberem, e o pagamento dessas empresas acontece mês a mês . Eu quero saber como uma empresa dessa consegue receber o repasse do mês, sem as devidas comprovações. Pois nós sabemos o rito que tem que ser feito para o pagamento ser realizado. Tem alguém tapando os olhos, tem alguém fazendo de conta que não tá vendo. E enquanto não estão vendo, as pessoas estão passando fome”, desabafou o deputado.

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Ele ainda relatou o caso de uma senhora do município de Mâncio Lima, que disse que já está há três meses com a luz cortada.

As empresas recordistas em atraso no pagamento aos trabalhadores são TEC NEWS, NEW TIMES e MAIA E PIMENTEL. Todas têm contratos tanto na capital quanto no interior, e são centenas de trabalhadores em situação de “miséria” por falta de pagamentos.

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