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GERAL

Jovem de 17 anos com câncer terminal é chamada de mentirosa e desabafa

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Já tem um tempo que a influenciadora Isabel Veloso começou a fazer sucesso nas redes sociais ao revelar que, com apenas 17 anos, está lutando contra um câncer terminal e tem apenas alguns meses de vida.

Além de revelar detalhes do seu problema de saúde, a adolescente mostrou detalhes da organização de seu casamento, marcado para o próximo fim de semana. Mas nem tudo é felicidade. Muitos internautas têm duvidado da história da jovem e, com os ataques constantes, ela resolveu se manifestar e postou, na madrugada desta segunda-feira (8/4), o laudo médico para comprovar que não está mentindo.

“Eu não iria postar isso, porque não devo satisfação a ninguém. Mas recebi muitos comentários que pra ser paciente ‘terminal’ ou ‘paliativa’ tenho que ter aspecto de morte ou estar acamada sem poder me mexer”, começou ela, pontuando as mensagens que recebe nas redes sociais.

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E continuou desabafando: “Então, pra quem tanto duvidou, e inclusive fizeram recortes de vídeos onde eu falava que estava bem, pra ganhar like e seguidor em cima. O laudo que tanto pediram está aqui”, disparou, antes de completar:

“Tenho muita coisa em todo o celular pra comprovar o que eu quiser, inclusive papéis de exames. Se tanta gente é frustrada consigo mesma, não carrego culpa disso. Só eu sei o que eu passo no off das redes sociais por enfrentar desde tão nova um diagnóstico assim”, afirmou ela.

No fim, ela disse: “Eu não preciso provar nada pra ninguém, mas tô cansada de tanta fake news envolvendo meu nome. Gratidão por cada mensagem de carinho que recebo de cada um de vocês. E não acreditem em qualquer coisa na internet 💖 um bejuuuuuuuu”, encerrou.

No documento médico compartilhado por ela, os especialistas atestaram que Isabel Veloso “Linfoma de Hodgkin sem resposta ao tratamento quimioterápico”. O texto ainda relatou que a paciente está “em cuidados paliativos exclusivos” para focar em controlar e aliviar os sintomas.

“No momento, os maiores sintomas que a paciente tem se diz respeito à localização do tumor (mediastino – podendo gerar dispneia e arritmia) e neuropatias gerando dores crônicas graves. Paciente em uso de altas doses de opioides em domicílio para controle da dor”, garantiram os médicos.

Entenda o problema de saúde

Carlos Alberto Parreira, treinador da Seleção Brasileira durante a campanha campeã da Copa do Mundo de 1994, e o cantor Jorge Aragão também enfrentaram a mesma doença de Isabel.

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O linfoma é o câncer que afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo de infecções. Há o linfoma de não-Hodgkin e o de Hodgkin. A hematologista Maria Amorelli, do centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que os sintomas iniciais dos dois tipos podem ser muito parecidos com o surgimento de gânglios.

“Eles costumam aparecer na região cervical, axilar e inguinal. E existem os sintomas B, que podem estar presentes nos dois tipos de linfomas que seriam febre, mais baixa que às vezes vem no final do dia, a chamada febre vespertina, coceira pelo corpo também pode ser um sintoma associado, além da perda de peso”, destaca Maria.

A causa da doença é desconhecida, mas estima-se que a exposição ao vírus Epstein-Barr pode afetar o sistema linfático do paciente e desenvolver o câncer, que afeta os glóbulos brancos. Ele se diferencia de outros linfomas pela presença de células cancerosas conhecidas como células de Reed-Sternberg.

Diagnóstico e tratamento do linfoma de Hodgkin

Para o diagnóstico, é necessário descartar doenças com sintomas parecidos e confirmar que não se trata do linfoma de não-Hodgkin. Os exames indicados são a biópsia, quando retira-se uma pequena parte do tecido dos gânglios linfáticos para análise em laboratório, a punção lombar, que coleta um líquido da medula espinhal, e exames de imagem.

Depois da identificação da doença, o câncer é classificado de acordo com o tipo de linfoma (indolente, quando o crescimento é lento ou agressivo, quando é mais acelerado) e o estágio da doença. Os linfomas geralmente são tratados com quimioterapia associada à imunoterapia ou radioterapia.

“O linfoma de hodgkin em geral tem uma maior taxa de cura. Ele é um linfoma que a grande maioria dos casos hoje em dia atinge uma cura, mas existem casos em que a gente tem uma doença mais agressiva ou a gente pega em estágio mais avançado em que a gente não consegue uma cura”, afirma a hematologista.

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