ENTRETENIMENTO
Justiça nega pedido de exumação do corpo de Gal Costa e determina investigação
O pedido de exumação do corpo da cantora Gal Costa, feito pelo filho dela, Gabriel Penna Burgos Costa, foi negado pela Justiça de São Paulo. Conforme a Vara de Registros Públicos, a ação extrapola a sua alçada, e foi determinado que processo seja encaminhado à polícia para investigação de possível crime contra a artista. A informação é da Folha de S. Paulo.
Gal Costa morreu em novembro de 2022, no entanto, há uma disputa pela herança dela entre seu filho e Wilma Petrillo, sua ex-empresária e viúva. Os dois deram entrevistas ao Fantástico no último dia 31, e Gabriel contestou o direito de bens à ex-empresária de sua mãe, e chegou a pedir a exumação de seu corpo.
De acordo com a Folha, a decisão de exumação de pessoas sepultadas em São Paulo é da Vara de Registros Públicos, no entanto, o caso extrapola essa esfera devido ao tempo de sepultamento de Gal, que ocorreu há menos de três anos. Além disso, é um fator determinante para a prova no processo criminal, movido por Gabriel contra Wilma.
Portanto, a juíza pediu que o processo seja encaminhado para a autoridade policial, em caráter de urgência, para investigação de possível crime cometido pela ex-empresária e viúva. O caso deve ficar sob responsabilidade da Central de Inquéritos Policiais e Processos.
À Folha, a defesa de Gabriel “saúda” a decisão, pois a família e os fãs de Gal “têm o direito de saber a verdade dos fatos”. “Cabe lembrar que o Samu já emitiu nota dizendo que não atestou a causa da morte, cabendo à médica que assina o óbito esclarecer as circunstâncias. Cabe, ainda, esclarecer por que o corpo não se submeteu ao exame de autópsia. Outro fato que caberá à autoridade policial investigar são as razões pela qual Wilma Petrillo segregou o corpo de Gal Costa em cemitério na capital paulista”, complementa a nota.
A reportagem também procurou a advogada de Wilma, que não respondeu às tentativas de contato.
Polêmica com a causa da morte
Gal Costa morreu em novembro de 2022, aos 77 anos. A certidão de óbito cita duas causas presumidas: infarto agudo no miocárdio e tumor maligno de crânio e pescoço.
A informação foi divulgada meses após a morte, depois de uma matéria na revista Piauí apontar que a empresária Wilma Petrillo, viúva de Gal, é acusada de golpes financeiros, assédio moral contra ex-funcionários e ameaças. Hoje, Gabriel Costa também questiona na Justiça a fração do patrimônio de Gal reivindicada por Wilma.
Depois da matéria, a jornalista Hildegard Angel também iniciou um movimento nas redes sociais em que pedia uma autópsia no corpo da cantora. Agora, o filho de Gal pede que a causa da morte seja esclarecida.
Além da exumação, a petição apresentada pelas advogadas do jovem solicita que os restos mortais da cantora sejam transferidos para o cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, para que Gal seja enterrada ao lado da mãe dela, Mariah Costa Penna. Atualmente, o corpo da artista está no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, no bairro Consolação, em São Paulo.
De acordo com a publicação, Gal Costa tinha comprado um jazigo perpétuo para que as duas fossem enterradas lado a lado, mas a decisão de que o corpo ficasse em São Paulo foi tomada por Wilma Petrillo, viúva da cantora. Quando a artista morreu, em 2022, o filho dela era menor de idade e não pôde interferir na decisão.