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POLÍCIA

Motorista do Porsche oferece salário mínimo a família de vítima

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A defesa do motorista do Porsche Fernando Sastre Filho, de 24 anos, se dispôs a pagar cerca de 1 salário mínimo mensal à família do motorista de aplicativo, Ornaldo Silva Viana, de 52 anos, morto após o acidente de 31 de março, na zona leste de São Paulo.

A iniciativa foi incluída no inquérito policial na última quinta-feira (11/4). Nele, os advogados de defesa citam que “através da autoridade policial por meio verbal, se colocaram, junto ao advogado dos familiares da vítima, à disposição para as assistências necessárias”, ação que foi recusada pelos representantes dos familiares da vítima com o argumento de que “não era o momento”.

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A informação é da Folha de S. Paulo.

A petição ainda revela que os advogados do empresário ouviram, por meio da imprensa, que a família de Ornaldo estaria enfrentando problemas financeiros e, por isso, ofereceram uma ajuda de R$ 1.412 (salário mínimo) mensais.

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No mesmo documento, a defesa de Fernando afirmou que a família do cliente tem sido alvo de tentativas de extorsão nas redes sociais. Para provar a alegação, a equipe apresentou uma conversa com um homem que procura a mãe do empresário se dizendo uma testemunha do acidente, buscando falar com a mulher antes de comparecer à delegacia.

Ainda segundo a apuração da Folha, os advogados do empresário disseram que, por conta da repercussão midiática do caso, as pessoas têm “comparecido de forma espontânea perante a autoridade policial” e completa dizendo que isso pode “gerar significativo prejuízo à investigação”.

Metrópoles procurou a defesa de Fernando Sastre Filho mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestações.

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Além de Ornaldo, o outro ocupante do Porsche, Marcus Vinícius Machado Rocha, de 22 anos, foi ferido no acidente. Depois de passar por cirurgias, ele deixou a Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e seguiu para um quarto do Hospital São Luiz Anália Franco, na zona leste de São Paulo, na noite da última terça-feira (9/4).

Acidente

Em interrogatório, o empresário admitiu que dirigia o Porsche “um pouco” acima do limite de velocidade, negou ter ingerido álcool e revelou ter apagado após a colisão, retornando à consciência só quando estava “deitado na via pública”. Também afirmou estar “amargamente arrependido”.

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Fernando recebeu ajuda da mãe para fugir do local do acidente sem fazer o teste do bafômetro mas disse que não se recordar como foi socorrido. O empresário afirmou às investigações que tinha ido com um amigo para um clube de poker, no Tatuapé, onde ficou por cerca de 3 horas.

O relato é contestado por testemunhas que viram a colisão. Segundo uma pessoa ouvida, o motorista do Porsche apresentava sinais de embriaguez, com a voz pastosa e cambaleando, e não prestou ajuda a Ornaldo.

Ele foi indiciado por homicídio com dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente. A Polícia Civil chegou a representar pela prisão temporária do empresário seguida de um pedido por uma preventiva posteriormente, mas ambos os pedidos foram negados pela Justiça paulista.

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