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CIDADES

‘Quem vai trazer minha filha de volta?’, diz mãe de uma das cinco vítimas de acidente em ES

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Cinco pessoas da mesma família morreram no acidente que ocorreu na BR-101, na altura de Presidente Kennedy, Espírito Santo, na última sexta-feira, 12. A colisão envolveu duas carretas e dois carros de passeio, sendo que em um deles estava o grupo familiar que vinha de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

As vítimas são os irmãos Marcelo Araújo, de 49 anos, Sandra Araújo, de 53, e Cristina Araújo, de 51. Além deles, a mulher de Marcelo, Gisele Araújo, de 39, e a sobrinha, Letícia Eiriz, de 24, também não resistiram.

O caso ocorreu no km 435,3 da via, por volta das 23h50. À TV Gazeta, afiliada da Rede Globo, o chefe de comunicação da PRF informou que o Toyota Corolla seguia pela pista, quando foi fazer a passagem por um veículo de carga que seguia na mesma direção. O carro foi atingido por uma carreta, que invadiu a pista contrária.

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“Se Deus hoje pudesse me dar um presente hoje, eu queria morrer hoje, no mesmo dia que a minha filha morreu”, declarou a mãe de Letícia, Valéria Araújo.  A filha era formada em Farmácia, mesma profissão da mãe, e vinha para passar o fim de semana com ela em Itapemirim.

Segundo a farmacêutica, um de seus irmãos é quem dirigia o veículo, e sempre foi muito prudente na direção. “Ele conhecia o caminho muito de lá para cá [do Rio até o Espírito Santo]. Desde os 14 anos nós viajávamos para cá, e ele sempre foi muito cauteloso, muito calmo, não bebia, não fumava”, relembra.

O motorista de uma das carretas, Jeová Matos, revelou que tudo ocorreu muito rápido. Mesmo com forte colisão, ele não se feriu. O condutor do outro veículo de carga também não se machucou.

“Eu estava na minha faixa da direita ali. O Corolla me ultrapassou, e já colidiu com a carreta que estava descendo. Rodou e veio parar debaixo da minha carreta. Graças a Deus eu estou bem, mas eu fico muito triste pela família que se foi. É difícil”, disse emocionado.

O motorista do segundo carro foi socorrido para o hospital, mas não há informações sobre o seu estado de saúde.

“As pessoas têm que tomar mais cuidado, ser mais prudentes, dirigir com mais amor. As pessoas perderam o respeito, o amor pelos outros. Eu não estou falando só porque é minha filha. Meu irmão tem duas filhas, a minha irmã Sandra tinha uma filha que passou ontem para a Federal, para fazer farmácia na UFRJ, e agora a mãe dela morreu. Eu vou olhar minhas sobrinhas, mas quem vai trazer a minha filha de volta, eu queria a minha filha de volta”, desabafa Valéria.

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