RIO BRANCO
Acre enfrenta desafios na luta contra a malária com mais de mil casos registrados em 2024

No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado nesta quinta-feira, 25, ficam evidentes os desafios enfrentados pelo estado do Acre no combate à doença. Dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, apesar de uma redução de 15,2% nos casos em relação ao ano anterior, mais de mil casos de malária foram notificados no estado até o momento em 2024.
Os municípios mais afetados pela malária se encontram no Vale do Juruá, com destaque para Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, responsáveis por 95,3% dos casos confirmados nos primeiros três meses do ano. O Acre figura entre os estados da região amazônica com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de casos notificados em 2023.
Por isso, o Acre aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, visando extinguir a doença no território brasileiro até 2035. Júnior Pinheiro, chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, ressaltou a importância desse compromisso em busca de um futuro sem a malária.
A malária, embora potencialmente fatal, é uma doença curável e evitável. Transmitida por mosquitos Anopheles infectados, os sintomas mais comuns incluem calafrios, febre alta, dores musculares, taquicardia e aumento do baço. Em casos mais graves, pode ocorrer a chamada malária cerebral, levando ao coma e até mesmo ao óbito.
A prevenção da malária envolve medidas individuais e coletivas, como o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas, roupas protetoras, uso de repelentes e medidas de saneamento básico. O tratamento é realizado em regime ambulatorial, com medicamentos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto os casos mais graves exigem hospitalização imediata.
A luta contra a malária requer esforços contínuos, tanto em termos de prevenção como de tratamento. O Acre enfrenta desafios significativos nesse aspecto, mas com ações coordenadas e conscientização da população, é possível avançar na redução da incidência da doença e alcançar um futuro livre da malária.

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