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Indígenas mudam nomes cristãos em Goiás: “Não acho bom”

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Indígenas de Goiás conseguiram mudar os nomes cristãos de registro em uma ação da Corregedoria-Geral da Justiça. A campanha “Registre-se!” quer ampliar o direito de incluir a etnia nos nomes, concedido aos povos originários em 2015 com a alteração da Lei de Registros Públicos. “Não acho muito bom o nome (em) português”, ressaltou Hari Lare Karajá, da aldeia Deburé.

A Justiça de Goiás promoveu dois dias de trabalhos no fórum de Aruanã (GO) na última semana, sob a coordenação do corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Leandro Crispim e da juíza auxiliar Soraya Fagury. A ação foi gratuita. Outra indígena beneficiada foi Eliane Javaé.

“Somos da etnia Javaé, da Ilha do Bananal. Minha mãe veio de lá. Ela é indígena pura, e meu pai é branco. Nós temos nomes de cristãos, mas queremos adotar nossos nomes indígenas. Temos muito orgulho da nossa origem. Cada povo indígena tem sua cultura e sua língua. Hoje, somos orientados e ensinados a valorizar nossas tradições. Na época da minha mãe, não era assim. Muito conhecimento se perdeu ao longo do tempo”, comentou.

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Também foram oferecidos em Aruanã serviços como emissão de certidões de nascimento, casamento, CPF, identidade nacional e ID Jovem (documento gratuito virtual que possibilita ao jovem de baixa renda acesso a diversos benefícios), além de atendimentos da Defensoria Pública e do Ministério Público estaduais.

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