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RIO BRANCO
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GERAL

Funcionária detona colegas após demissão: “Preguiçosos e covardes”

Publicado em

Após ser demitida, uma ex-funcionária terceirizada de uma autarquia federal enviou aos colegas, nessa segunda-feira (20/5), um e-mail com desabafos e críticas às situações vividas durante os 10 anos de trabalho na instituição.

No “textão”, a remetente diz que os terceirizados são “tratados como coisa”, “apenas números” e carregam “grupos de preguiçosos que não trabalham e vivem de eternas reuniões com muita algazarra e conversa fiada”.

A ex-funcionária também detona servidores concursados que, segundo ela, “mal sabem operar um computador”. “Nunca vi tanto servidor sem saber nada, sem querer fazer o trabalho e achar que os terceirizados têm a obrigação de ensiná-los”, escreveu.

No e-mail, a autora relatou que o médico da instituição concedeu atestado a outra funcionária terceirizada, mas sem poder fazê-lo, pelo fato de ter autorização para atender apenas servidores. O motivo da licença, concedida na quinta-feira, segundo ela, seria uma “cólica” – quadro que teria supostamente permitido à paciente “emendar” a liberação com a sexta-feira.

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A ex-funcionária ainda insinuou haver concessão de atestados de dois dias em casos de ressaca: “E, se a pessoa chegar vomitando depois de ter se embriagado no fim de semana, não tem problema. Não se preocupe, a gestão dará um jeitinho de você ficar em casa dois dias de licença médica. Fique tranquila, é só não passar maquiagem, vomitar e encenar”.

“Faz o L”

A terceirizada demitida relatou que conviveu por 10 anos com “essas terríveis criaturas, tanto os ‘poderosos’ quanto os ‘pobres coitados’”. “São entediantes”, comentou. Ela acrescentou que o salário “fará falta”, mas que “os dias serão melhores” após a saída da agência.

Em um dos trechos do e-mail, a autora chegou a mandar os colegas fazerem “o L”, expressão usada para criticar políticas do governo do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Aos que estão a serviço dos ‘poderosos’, um aviso: cuidado! Você pode ser um escravo sem saber, sem direitos, apenas deveres, sendo usados. Mas é o Brasil que vocês todos lutaram para ter. Façam o ‘L’ novamente para melhorar”, afirmou.

Por fim, a agora ex-funcionária disse que “nunca ouviu tanta baboseira” e “falta de seriedade com a rés pública”. “Acho até que deveriam pagar terapia a minha pessoa pelas conversas fiadas que ouvi”, ironizou.

Ela afirmou ter sido alvo de “fofocas, intrigas, mentiras” e chamou colegas de “pessoas melindrosas, vingativas e covardes”. “Despeço-me agora não agradecendo nada a ninguém. Nunca mais porei os meus pés [na agência]. Sem amigos e sem saudades”, finalizou no e-mail.

Leia o texto na íntegra:

DESPEDIDA

Após a pandemia muita coisa mudou, inclusive a frieza no tratamento com as pessoas, em especial com os terceirizados.

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Tratados como “coisa” somos apenas números, carregando grupos de preguiçosos que não trabalham e vivem de eternas reuniões com muita algazarra e conversa fiada.

Existem também grupos de terceirizados do mesmo naipe que andam em bandos, as espreitas, ‘amigos dos amigos’, esses sim, usufruem de alguma benesse, regalia, prestígio, caso contrário não teria o leva-e-traz, o fofoqueiro, o armador e o pior deles, O MENTIROSO(A).

Convivi por 10 anos com essas terríveis criaturas, tanto os ‘poderosos’ quanto os ‘pobres coitados’ são entediantes.

Não deixo nenhum legado e não tenho nada a agradecer ninguém, já que nesse período de tempo pós-pandemia, ‘fala sério’, nunca vi tanta baboseira e falta de seriedade com a rés pública, acho até que deveriam pagar terapia a minha pessoa pelas conversas fiadas que ouvi.

Vai fazer falta o salário? Com certeza! Mas acredito que os meus dias serão melhores. Deus tem coisas boas para mim. E para quem não acredita, aguarde e espere, a vitória é certa!

Aos que estão a serviço dos ‘poderosos’, um aviso: cuidado! Você pode ser um escravo sem saber, sem direitos, apenas deveres, sendo USADOS. Mas é o Brasil que vocês todos lutaram para ter. Façam o ‘L’ novamente para melhorar.

Nunca vi tanto servidor sem saber nada e sem querer fazer o seu trabalho e achar que os terceirizados tem a obrigação de ensiná-los. Mal sabem operar um computador.

Princípio basilar que aprendi muito cedo ‘quem faz o mais, faz o menos’! Mas aqui na […], não funciona desse jeito.

A Regalia do PGD é só para os ‘servidores’, porém os ‘pobres coitados’ estão com esperança de poderem se igualar a classe ociosa, tenham fé (é a última que morre).

Mas a cereja do bolo é o bom tratamento dispensado à algumas pessoas em detrimento de outras.

A Gestão, está de parabéns, ferindo seus próprios princípios e a fala de que somos ‘TODOS UMAS SÓ SGP’, que falácia heim!

Continuem assim, será um ótimo lugar para PROMOVER A DESIGUALDADE e fazer pesquisas absurdas e INÚTEIS.

É bem assim: se tiver cólica fique em casa (terá licença médica especial, validada pelo Dr. […], médico da casa, com validade até no STF pelo Alexandre de Moraes, de dois dias, preferencialmente 5ª, 6ª, emendando com o sábado e domingo, que delícia! Que sortuda, caiu nas graças da chefia! Mas se você tiver câncer ou hemorragia, venha trabalhar, ainda restam alguns dias de vida e a banda continua a tocar…

E se a pessoa chegar vomitando depois de ter se embriagado no final de semana, não tem problema, não se preocupe, a Gestão dará um jeitinho de você ficar em casa, 2 dias de licença médica. Fique tranquila, é só não passar maquiagem, vomitar e encenar…tá tudo certo…concluído com êxito.

A REGRA DA EMPRESA […] ERA DE NÃO ACEITAR ATESTADO MÉDICO DO DR […], CUJO DOCUMENTO NÃO TEM VALIDADE PARA OS TERCEIRIZADOS, mas 5ª feira, repise-se, uma secretária terceirizada protegida (não sei porquê e por quem) da SGP, foi agraciada coitada, o caso dela era muito grave, gravíssimo, teve LICENÇA MÉDICA DE 2 DIAS, COM ATESTADO MÉDICO EMITIDO PELO DR. […] (QUE NÃO TEM VALIDADE PARA OS TERCEIRIZADOS) FAZENDO UM PACOTÃO COM O FINAL DE SEMANA, 4 DIAS CONSECUTIVOS, POR CÓLICA MENSTRUAL, NATURAL DE TODA MULHER FÉRTIL, NADA QUE UM ANALGÉSICO NÃO RESOLVESSE, INFRINGINDO AS PRÓPRIAS REGRAS DITAS PELA SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE PESSOAS. QUE COISA!

Mas o cerne da questão está no tratamento dispensado a mim, nessa última sexta-feira, quando pedi abono de umas horas para visitar minha irmã recém operada, tive a negativa (teria que pagar horas ou compensá-las)! Vejam que há porteção para uma pessoa com simples cólica (armação) pois não dá um dia de trabalho, e meu caso foi permitido ir, porém teria que pagar ou compensar horas, no mínimo estou sofrendo assédio moral com as atitudes da GESTÃO INFANTIL.

Ou algo muito estranho está acontecendo….

O MENSAGEIRO DO MAL FAZ O QUE QUER, PREGUIÇOSO, ENGANADOR, DESRESPEITOSO COM A MINHA PESSOA, CONTA MENTIRAS, FAZ FOFOCAS E A GESTÃO NADA FAZ? Seria isso assédio?!

O Mensageiro, que não quer escanear, não quer tirar cópias, não serve absolutamente para nada…só sabe fazer intrigas e fofocas e a GESTÃO ADORA O LEVE-E-TRAZ DESSA CRIATURA HORRÍVEL e o MANTÉM POR CONVENIÊNCIA POIS TRANSITA MUITO BEM PELAS DIRETORIAS TRAZENDO NOTÍCIAS FRESQUINHAS, ATÉ MEDALHA GANHOU NO ANO PASSADO! QUE COISA!

Não posso esquecer de mencionar que na sexta anterior a este episódio das horas, fui alvo do mensageiro leva-e-traz, com suas fofocas, intrigas e mentiras, trouxe várias falácias ao ouvido da PREPOSTA JUÍZA que chamou a secretária protegida, para falar sobre a minha pessoa, como se eu me reportasse a essa pessoa (puxa-saco), dando ensejo ao primeiro problema dentro da organização depois de 10 anos de casa.

Sem contar que fui alvo desde a pandemia de um servidor maluco, que me envolveu em situações conflituosas…ninguém me pediu desculpas até hoje.

Vejam a bizarrice que se tornou trabalhar na […], não se pode falar a verdade pois fere o ego de pessoas MILINDROSAS, VINGATIVAS E COVARDES.

Como é de conhecimento geral, FOMOS OBRIGADOS A FAZER UM ‘ACORDO’ com a […] para entrar na nova empresa […], perdemos direitos e agora me vejo desprotegida financeiramente pela ação covarde da atual Gestão.

Aos que ficarem, sinto muito, cada um faz suas escolher entre ser escravo ou não, ou ser uma desempregada como eu, que perdi parte dos meus direitos acreditando que ficaria algum tempo pela nova empresa. Não foi possível, em face do tratamento desleal e da falta de respeito por parte de algumas ‘coleguinhas’.

Tenho mais de 31 anos trabalhados arduamente e nunca me deparei com tamanha injustiça. Não falto ao trabalho de forma contumaz, cumpri minhas obrigações trabalhistas e ainda assim sou alvo de tamanha covardia.

No calor da emoção cheguei até comentar que era impossível continuar a trabalhar na […] naquelas condições, porém nem tentaram contornar a situação, tirando todos os meus acessos, sem falar nada, em que pese os 10 anos trabalhados nessa empresa.

Despeço-me agora, não agradecendo NADA A NINGUÉM.

Deus já me fez cumprir o período determinado neste lugar, que NUNCA mais porei os meus pés. Sem amigos e sem saudades!

A toda regra, uma exceção, levo no meu coração as lindas […], […], […] e […] e meus sinceros agradecimentos ao […].

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