Piloto do avião Cessna afirma que queda pode ter sido sabotagem e contradiz dono de aeronave

A queda de um avião monomotor no rio Tarauacá, interior do Acre, desencadeou uma série de reviravoltas inesperadas. O piloto do Cessna PT-DFX, Pedro Rodrigues Parente Neto, levantou a possibilidade de sabotagem na aeronave, apontando para uma possível conspiração que poderia colocar sua vida em risco. Contrariando a versão do proprietário da aeronave, Pedro afirmou ter sido contratado pelo copiloto, Wesley Evangelista Lopes, e não pela empresa Smart World, dona do avião.

O contato inicial entre Pedro e Wesley ocorreu em um grupo de WhatsApp, onde Wesley solicitou os serviços do piloto para um translado da aeronave. Segundo Pedro, a rota original do voo foi alterada para passar pelo Acre devido a questões logísticas. Durante a viagem, o avião apresentou problemas mecânicos, levando a uma parada em Jordão e posteriormente ao acidente em Tarauacá.

Pedro alegou ter evidências de suas conversas com Wesley em seu telefone danificado no acidente. Além disso, ele mencionou suspeitas de sabotagem devido a denúncias anteriores feitas contra uma empresa de táxi aéreo. As versões conflitantes entre Pedro e o proprietário da aeronave, Fábio Bezerra, acrescentam mais mistério ao caso, com diferentes relatos sobre a presença de um terceiro ocupante no voo.

O histórico conturbado de Wesley Evangelista Lopes, envolvido em uma operação de tráfico internacional de drogas em 2018, traz à tona questões sobre sua conduta e possíveis conexões com atividades criminosas. A prisão de Wesley em 2019 por liderar um esquema de transporte de drogas em aviões ressalta a complexidade de sua história.

Diante dessas revelações, o delegado de Tarauacá busca esclarecer se Wesley estava tentando replicar suas atividades criminosas anteriores. Enquanto Pedro nega conhecimento do passado criminoso de Wesley, a investigação continua em busca de respostas sobre os eventos que levaram à queda da aeronave e as circunstâncias suspeitas que cercam o caso.