ENTRETENIMENTO
Ator desvia de ‘sandaliada’ na rua e escapa ileso de maldades em Renascer
Vladimir Brichta brinca que deu sorte de só ter feito o seu primeiro vilão no remake de Renascer. O ator causa ojeriza no público com as maldades de Egídio, mas até agora não levou bronca de ninguém na rua. “Se fosse há 20 ou 30 anos, eu já teria tomado um guarda-chuva na cabeça ou uma sandaliada”, brinca o marido de Adriana Esteves.
O intérprete conversou sobre a novela das nove da Globo com a repórter Tábata Poline durante o Fantástico deste domingo (2). “Ele é um crápula. Dá para listar a quantidade de crimes que podem ser imputados a ele”, explica o ator, em referência ao assédio moral e sexual contra Joaninha (Alice Carvalho).
“Ainda bem que este é um tema que está em voga para se debater na sociedade para, se não acabar, pelo menos dar visibilidade para que as pessoas se manifestem. E, assim, a gente possa diminuir isso tudo ao máximo”, complementou.
Segundo Brichta, Egídio se aproveita do seu poder para também confundir Tião Galinha (Irandhir Santos) e a mulher dele. “Ele finge andar nesse lugar delicado que é de alguém que está disposto a dar o mundo a alguém por quem está apaixonado. Mas ela sempre sinalizou [que não queria]. Essa é a grande questão”, apontou.
Vladimir contou que até precisou dar uma maneirada nas perversidades do rival de José Inocêncio (Marcos Palmeira) no folhetim de Bruno Luperi:
É um personagem muito pesado, muito ruim. São 200 capítulos. É muito tempo de presença. Se fosse um filme com 15 minutos de tela, dava para fazer uma figura abominável que você não gosta nem de ver. Mas em uma novela, por tanto tempo, em algum lugar o público tem que gostar de detestá-lo.
“Se fosse há 20 ou 30 anos atrás, eu ia tomar um guarda-chuva na cabeça, mas não tem mais isso. Eu entro no elevador e as pessoas falam que estão me odiando, mas que estou ótimo [como ator]. Só de não tomar uma sandaliada já está bom”, dispara, aos risos.
O galã ainda elegeu a cena em que Egídio passa Tião para trás ao oferecer um contrato de arrendamento de suas terras como a sua favorita em Renascer. “É uma forma muito perversa, são tratos que são análogos à escravidão”, considera.
Por fim, ele ainda deu um spoiler sobre a relação entre o pai de Sandra (Giullia Buscacio) e Eliana (Sophie Charlotte):
Já que vocês gostam de spoiler, vou dar um pouco: como é que a Eliana conquista o Egídio? Ela sabe que o coronel gosta de fantasias [sexuais], então começa a dobrá-lo e propor certas coisas. Ela vira o coronel.
Renascer foi escrita e criada pelo autor Benedito Ruy Barbosa. A primeira versão foi ao ar na Globo em 1993. Bruno Luperi é neto do novelista e responsável pela adaptação da saga rural que estreou no horário nobre em janeiro. O remake ficará no ar até setembro.