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Gigante brasileira descobre poço de petróleo na África com potencial de abastecer todo mercado global
A empresa brasileira BW Energy anunciou uma descoberta significativa de petróleo na costa do Gabão, que promete elevar as reservas petrolíferas do continente africano. O anúncio ocorreu após a perfuração bem-sucedida do poço de avaliação DHIBM-7P, integrante do projeto Hibiscus/Ruche.
A localização estratégica da descoberta na África está gerando interesse global, destacando a região como um ponto chave para a exploração petrolífera.
O poço piloto DHIBM-7P, desenvolvido para avaliar o flanco norte do campo Hibiscus, confirmou a presença de petróleo de alta qualidade.
“Esta descoberta destaca o potencial ainda não explorado da licença Dussafu”, declarou Carl K. Arnet, CEO da BW Energy. A empresa enfocou uma estratégia de baixo custo e risco reduzido, visando a exploração rápida e eficiente da nova reserva.
A profundidade total do poço alcançou 3.941 metros, onde foi identificada a nova reserva de petróleo. A plataforma Norve da Borr Drilling operacionalizou a descoberta, localizada a aproximadamente 1,5 quilômetros ao norte-noroeste da plataforma MaBoMo.
A análise inicial revelou cerca de 24 metros de camada petrolífera em uma coluna total de hidrocarbonetos de 37 metros, representando a primeira acumulação de hidrocarbonetos Gamba-Dentale no campo Hibiscus.
A BW Energy antecipa que a produção do poço DHBSM-1H, iniciada em março, contribuirá significativamente para a capacidade produtiva do projeto, com o petróleo sendo processado e armazenado no FPSO Bw Adolo antes de sua exportação.
Esta descoberta reforça a posição da África como uma região crucial para a futura exploração de petróleo e gás, num contexto onde outras empresas também intensificam suas atividades no continente.
Destacam-se iniciativas em Angola, Namíbia e a parceria entre a Carbon Circle e a Amplus VGE para o desenvolvimento de campos de petróleo e gás na África Ocidental.
Além disso, prevê-se um aumento nos países produtores de gás natural liquefeito (GNL), com novas instalações planejadas em países como Nigéria e Moçambique até 2035.