ENTRETENIMENTO
Pocah ressignifica trauma infantil com pancadão junino: ‘Amo quadrilha, mas nunca era escolhida’
A cantora Pocah, de 29 anos, realizou um sonho de infância no último fim de semana, 15 e 16, o ‘Arraiá da Pocah’. E em menos de 100 realizará o segundo: se apresentar no Rock in Rio. “Vai ser o maior show da minha vida em termos de produção”, avisa.
O evento junino teve participação de Duda Beat, em São Paulo, e Juliette Freire, no Rio. Esta foi a segunda edição do projeto, que para a artista, além do financeiro, está ligado com sua memória afetiva.
Autodenominada ‘cria de Caxias’, ela descende de nordestinos e, por isso, as festividades juninas sempre tiveram presença garantida em casa. Incentivada a ter orgulho das raízes, ela aprendeu rápido a gostar das comidas típicas e também da tradicional quadrilha. Porém, em época de escola, isso acabou se tornando uma ferida.
“Eu amo uma quadrilha. Sempre quis ser a noiva, inclusive, e nunca era escolhida. Só fui realizar esse sonho em uma festa junina da Anitta. Fiquei toda feliz”, conta ela, entre risos, ao Terra.
Já na fase adulta, Pocah resolveu ressignificar o trauma. Ela uniu o gosto pelas festas, suas raízes e sua paixão, o canto, em um projeto próprio e original: o ‘Arraiá da Pocah’. Não é a primeira vez que ela agrega valor a sua marca, anualmente ela já produz o ‘Bloco da Pocah’ e o ‘Cháloween’, mas este evento do calendário profissional em específico tem um lugar especial em seu coração.
“Eu sempre fiz festa junina em casa, caprichava na comida, nas brincadeiras, touro mecânico, tudo. E no Rio de Janeiro, eu tinha dificuldade de encontrar uma festa assim, que fosse perto da minha casa. Isso me motivou […] é um projeto especial do meu coração”, afirma ela, citando que a festa pode ser lida também como uma homenagem às suas raízes.
Para ficar por dentro da ligação de Pocah com o São João, os preparativos para edição deste ano e o que mais a artista reserva para 2024, confira a conversa na íntegra a seguir.
Qual a primeira lembrança que vem à sua cabeça quando chega o período junino?
“Meu pai é paraibano então ele sempre trouxe essa cultura do São João raiz. Eu me lembro muito dos xotes, das brincadeiras e da comida típica”.
Suas raízes nordestinas sempre foram exaltadas dentro de casa ou você aprendeu a se orgulhar?
“O meu lado paterno da família é nordestino, então essa cultura sempre veio forte e com orgulho. Sou cria de Caxias, cresci profissionalmente no funk, apaixonada por esse ritmo, mas tenho também esse lado que ama forró e Calypso. Inclusive, eu sou alucinada pela Joelma, muito fã mesmo”.
Dentro de tantas temáticas, por que escolheu o Arraiá para atrelar sua marca?
“Sempre fiz festa junina na minha casa e quem me segue me mandava mensagem: ‘Poxa, que clima maneiro, também queria estai aí’. Eu caprichava na comida, nas brincadeiras, touro mecânico, tudo isso. E no Rio de Janeiro, eu tinha dificuldade de encontrar uma festa junina assim que fosse perto da minha casa. Isso me motivou a criar o ‘Arraiá da Pocah’. Mas vale lembrar que não é o meu único evento. Já tem alguns anos que eu realizo o ‘Bloco da Pocah’ todo Carnaval, que também é um projeto muito especial do meu coração”.
Você já tem um bloco de Carnaval, tem intenção em fazer outros tipos de festas temáticas, como o Halloween da Pocah?
“Eu faço aniversário em outubro, pertinho do Halloween. Inclusive teve um ano que eu fiz um show temático, o Cháloween, do Chá Da Alice. Acho que é algo a se pensar sim”.
Falando nisso, o que está preparando para a festa deste ano?
“Esse ano temos de novidade a realização do Arraiá também no Rio de Janeiro. Estou muito feliz de poder levar essa festa para a minha cidade, minha casa. Estamos preparando um show muito especial, com um repertório bem típico de São João, mas que mistura o forró com funk. Minhas músicas tem arranjos diferentes para esse show, então teremos vários momentos. Aquele de pular, de dançar agarradinho, de rebolar até o chão”.
Você trabalha ativamente na organização ou é mais focada na imagem do evento?
“Tudo passa por mim. O show precisa ter a minha cara então eu estou lá opinando nas fotos, nas artes, no setlist, na coreografia, nas participações especiais e por aí vai. É o Arraiá da Pocah [risos]”.
É você quem faz a seleção de convidados, como funciona a escolha de nomes?
“Eu sempre convido nomes que sejam meus amigos, que eu admiro e curta a música. Daí fazemos a seleção de acordo com a disponibilidade de agenda de cada um. Esse ano teremos Duda Beat e MC G15 em São Paulo e Juliette no Rio”.
Festa junina também tem casamento. Você segue tranquila como noiva ou já planeja um casório?
“Eu já me considero casada, sabe? Moramos juntos já tem anos, vivendo essa vida a dois. Somos uma família”.
O que teremos da Pocah depois dos tempos juninos?
“A maior novidade é o meu show no Rock In Rio. Estou muito animada e honrada com essa oportunidade. É um sonho realizado. E já está chegando né? Menos de 100 dias. Vai ser o maior show da minha vida em termos de produção”.