RIO BRANCO
Atlas da Violência 2024: Acre registra diminuição de 53,4% nos homicídios
O Acre registrou uma significativa redução no índice de homicídios, com uma queda de 53,4% entre os anos de 2017 e 2022, conforme apontado pelo Atlas da Violência 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta terça-feira (18). Durante esse período, a taxa de homicídios por 100.000 habitantes diminuiu em 50,7%, passando de 517 casos para 241 assassinatos.
Os homicídios de jovens, com idades entre 15 e 29 anos, que possivelmente eram alvos de facções, também apresentaram uma queda expressiva de 62,3% no Acre entre 2017 e 2022.
Apesar da redução significativa, a taxa de homicídios por 100.000 habitantes no Acre ainda é superior à média nacional. Enquanto o Brasil registrou 46.409 homicídios em 2022, com uma taxa de 21,7 por 100 mil habitantes, os pesquisadores do Ipea consideram esse número subestimado devido à quantidade de mortes violentas por causa indeterminada no país. Estima-se que houve 52.391 homicídios em 2022, ao somar os casos oficialmente registrados com os que permaneceram ocultos.
O estudo também revelou um aumento das mortes violentas por causa indeterminada (MVCI) entre 2012 e 2022, com um total de 131.562 óbitos sem causa identificada. Utilizando um método de aprendizado de máquina, os pesquisadores estimaram 51.726 homicídios ocultos no total de MVCI nesse período, elevando as estatísticas oficiais de 609.697 para 661.423.
Analisando as estatísticas oficiais, observa-se que a variação da taxa de homicídios no país foi nula entre 2019 e 2022, com aumentos na região Nordeste (6,1%) e Sul (1,2%), e reduções nas demais regiões, destacando-se o Centro-Oeste com uma diminuição de 14,1% nos homicídios.
No período de 2012 a 2022, a maior redução da mortalidade violenta foi registrada no Distrito Federal (-67,4%), seguido por São Paulo (-55,3%) e Goiás (-47,7%). Os maiores aumentos ocorreram no Piauí (47,9%), Amapá (15,4%) e Roraima (14,5%). Em 2022, a Bahia apresentou a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes (45,1), seguida por Amazonas (42,5) e Amapá (40,5), enquanto as menores taxas foram registradas em São Paulo (6,8), Santa Catarina (9,1) e Distrito Federal (40,5).