Militar da PM confessa que escondeu arma usada em morte de casal em RR

No cenário chocante que abalou Roraima, o capitão da Polícia Militar Helton John Silva de Souza, de 48 anos, admitiu ter escondido a arma utilizada no trágico assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57. Helton, que ocupava o cargo de chefe da segurança do governador à época do crime, encontra-se detido. O crime ocorreu no estado de Roraima.

Diante das autoridades policiais, Helton confessou sua ação durante um depoimento prestado à Polícia Civil no dia 28 de junho. Posteriormente, os investigadores encontraram a referida arma oculta no forro do banheiro em sua residência. O oficial também apontou que o amigo e empresário Caio Medeiros Porto foi o responsável pelos disparos fatais contra o casal. Caio encontra-se atualmente em fuga.

Flávia e Jânio foram alvejados a tiros no dia 23 de abril enquanto transitavam pela vicinal do Surrão, localizada no município do Cantá, região Norte de Roraima. Jânio veio a óbito no dia seguinte ao ataque, enquanto Flávia sucumbiu após três dias sob cuidados médicos no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista.

No depoimento concedido, Helton assegura que embora estivesse presente na propriedade do casal no momento do crime, foi Caio Medeiros Porto quem executou os assassinatos, alegando reivindicações sobre parte da propriedade pertencente a Flávia e Jânio.

Em comunicado oficial, a defesa do empresário procurado ressaltou que as acusações feitas por Helton carecem de provas substanciais. De acordo com a defesa: “Essas alegações infundadas por parte desse indivíduo foram feitas sem respaldo probatório adequado. Desde o início, a polícia manteve o PM detido e pressionou-o para acusar Caio. Como podemos confiar em uma declaração nessas circunstâncias? Em breve esse PM será libertado como ‘prêmio’ por incriminar um inocente. É dessa maneira que as autoridades policiais operam”, destacou a defesa em nota.

O brutal crime perpetrado contra o casal teve lugar numa terça-feira, em 23 de abril, na vicinal do Surrão, na propriedade dos falecidos. Enquanto Jânio Bonfim veio a óbito no dia da agressão, sua esposa Flávia não resistiu aos ferimentos graves e veio a falecer posteriormente no Hospital Geral de Roraima.