Apagão global mantém alta do dólar, que fecha semana a R$ 5,60

O dólar fechou a sexta-feira (19/7) em alta de 0,30%, cotado a R$ 5,60. Foi a terceira alta seguida diante do real e um avanço de 3,18% na semana.

Durante o dia, a moeda chegou a cair forte e a operar a R$ 5,52, muito pela repercussão do anúncio feito nessa quinta-feira (18/7) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a respeito da contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal.

As áreas sobre as quais os cortes irão incidir serão anunciadas na próxima segunda-feira (22/7), quando o Tesouro Nacional divulgará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do governo federal no terceiro bimestre do ano.

No entanto, o dólar voltou a ganhar fôlego ao longo do pregão diante do apagão cibernético global que afetou bancos, companhias aéreas e emissoras, deixando investidores preocupados. A interrupção foi atribuída à CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética cujo software é usado por dezenas de indústrias ao redor do mundo para proteger contra hackers e violações externas.

A divisa americana registrou avanço forte frente diversas outras moedas: às 17h, valorizou 0,8% frente ao iene; 0,17% frente ao euro e 0,26% frente à libra. Nos emergentes, o dólar ganhou 0,14% frente ao rand sul-africano e 0,66% contra o peso mexicano.

O Ibovespa encerrou o dia com baixa de 0,03%, aos 127.616,46 pontos. A leitura do mercado é que o apagão acabou freando uma alta maior. As ações da Dexco (DXCO3) avançaram 4,12%, enquanto as da Sabesp (SBSP3) ganharam 3,51%. A Vale (VALE3), com grande peso no índice, recuperou as perdas de mais cedo, mas fechou o dia em queda de 0,08%.