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CIDADES

Amapá: Guerra entre facções impulsiona escalada da violência, aponta estudo

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O Amapá enfrenta uma grave crise de violência, com o município de Santana, localizado a 17 km de Macapá, figurando como o mais violento do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira (18). O estudo, que analisou as mortes violentas intencionais, incluindo homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais e mortes decorrentes de intervenção policial, revelou um cenário alarmante no estado.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) atribui o aumento da criminalidade à guerra entre facções criminosas, que se intensificou no estado em 2023. De acordo com o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública do Amapá, Marko Scaliso, o confronto entre as organizações criminosas, que já existia em 2023, atingiu seu ápice em janeiro, com um número assustador de 40 mortes. Em fevereiro, o estado registrou 42 mortes violentas, demonstrando a gravidade da situação.

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Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, corrobora a análise da Sejusp, explicando que a violência no Amapá está intrinsecamente ligada aos conflitos entre facções criminosas. Segundo ela, a situação se assemelha à da Bahia, onde a disputa entre grupos criminosos, muitas vezes alinhados a facções nacionais como o PCC e o Comando Vermelho, impulsiona os altos índices de violência.

O crescimento de 88% nas mortes violentas em Santana em 2023, apontado pelo estudo, está diretamente relacionado à disputa entre facções locais, uma delas associada ao Comando Vermelho e outra ao PCC. A dissidência e a disputa por território entre esses grupos, segundo Samira Bueno, explicam a escalada da violência no município.

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A situação exige ações urgentes e eficazes por parte das autoridades para conter a violência e garantir a segurança da população. É fundamental o investimento em políticas públicas de segurança, combate ao tráfico de drogas, ressocialização de presos e prevenção à criminalidade, além de ações para desarticular as facções criminosas e reduzir os conflitos entre elas.

A crise no Amapá serve como um alerta para todo o país sobre a necessidade de enfrentar o problema da violência com políticas públicas eficazes e ações coordenadas entre os diferentes órgãos de segurança pública.

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