RIO BRANCO
Alerta no Acre: Poluição do ar atinge níveis alarmantes, colocando saúde em risco

A situação ambiental no Acre se agrava com a qualidade do ar atingindo níveis alarmantes e o aumento dos focos de queimadas em diversas regiões do estado. O cenário é resultado da combinação de queimadas, tempo seco e ausência de chuvas, levando a uma deterioração progressiva da qualidade do ar, especialmente em Rio Branco e outras cidades acreanas.
Na última quinta-feira, 25, por volta das 22h18, os sensores do sistema Purple Air, responsáveis por monitorar a qualidade do ar no Acre, registraram um índice mais de quatro vezes acima do considerado ideal em Rio Branco. A concentração de 69 microgramas por metro cúbico de material particulado, na média das últimas 24 horas, representa um risco significativo para a saúde da população, especialmente para grupos sensíveis.
A pesquisadora Sonaira Silva, uma das coordenadoras do sistema de monitoramento da qualidade do ar, alerta para a gravidade da situação, ressaltando que o pior ainda está por vir. Com a temporada de queimadas atingindo seu pico entre agosto, setembro e outubro, a tendência é de uma deterioração ainda maior da qualidade do ar no estado.
Além de Rio Branco, outras cidades como Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus também apresentaram índices de poluição acima do padrão recomendado. O aumento dos focos de queimadas tem sido uma preocupação constante, com 546 registros no estado nos primeiros sete meses do ano, sendo Feijó, Cruzeiro do Sul e Tarauacá os municípios mais afetados.
O estado do Acre está sob decreto de situação de emergência ambiental desde 11 de junho, abrangendo ações em todos os 22 municípios. A Secretaria do Meio Ambiente tem coordenado esforços para prevenir e combater o desmatamento e os incêndios florestais, em meio à previsão de baixo volume de chuvas e risco de incêndios.
A secretária de Meio Ambiente, Julie Messias, destaca a importância da conscientização e ações preventivas diante da crise ambiental. O uso racional da água, a proibição de queimadas e o monitoramento constante são essenciais para minimizar os danos ao meio ambiente e à saúde pública.
