RIO BRANCO
Greve de médicos no Acre: hospitais e UPAs restringem atendimento a urgência e emergência

Rio Branco (AC) – A greve dos médicos no Acre, iniciada nesta quarta-feira (31), impacta diretamente o atendimento à população, com hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) restringindo seus serviços a casos de urgência e emergência.
A decisão da categoria, tomada após a falta de avanços nas negociações com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), reflete a insatisfação com as condições de trabalho e a falta de pagamento de adicionais devidos aos servidores.
Na UPA Franco Silva, na região da Sobral, em Rio Branco, a situação ilustra a realidade enfrentada pelos pacientes. Dos cinco médicos escalados, apenas dois entraram em serviço, deixando pacientes como Antônio Charles dos Santos, de 43 anos, frustrados. “Vim aqui porque perdi meu remédio, precisava de uma nova receita, mas me disseram que só atendem urgência e emergência. É um descaso, vou ter que esperar estar à beira da morte para ser atendido?”, questionou.
A greve, além de restringir o atendimento, também inclui a suspensão de todos os plantões extras realizados em unidades de saúde do estado. A medida, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Guilherme Pulici, visa pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria.
“Não se trata de um movimento por aumento salarial, mas sim pela garantia do pagamento dos valores devidos pelo governo. Parece que voltamos àquela época em que o estado atrasava salários. Não vamos recuar”, afirmou Pulici.
A greve dos médicos no Acre coloca em risco a saúde da população, especialmente aqueles que dependem do sistema público de saúde. A falta de diálogo entre o governo e a categoria, além de afetar diretamente o atendimento médico, demonstra a necessidade urgente de uma solução para a crise que assola o sistema de saúde do estado.
