Judoca brasileiro descarta ‘juiz caseiro’ e aceita derrota em luta pelo bronze

Após perder a disputa pela medalha de bronze do judô, Rafael Macedo disse que não entendeu a punição que levou, mas respeita a decisão dos árbitros sobre a luta. O brasileiro foi derrotado pelo francês Maxine-Gael Ngayap Hambou, na categoria médio, de até 90 kg, na Olimpíada de Paris, no início da tarde desta quarta-feira, 31.

“Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui lutando. Eu não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros ali têm muitas câmeras, são muitos ali, eles vão sempre avaliar da melhor forma. Respeito a decisão deles e saio tranquilo que eu dei o meu melhor. Fiz tudo o que eu sei, tudo o que eu consegui e faz parte”, disse Macedo.

O judoca ainda comentou que não se sente injustiçado com o resultado. “Eu acredito que a vontade de Deus está acima da minha. Eu saí com a consciência tranquila de ter dado o meu melhor. Fiz tudo o que estava ao meu alcance, estudei o adversário, me preparei para a luta e estava seguindo minha estratégia, seguindo o meu jogo e eu fiz a minha parte.”

Macedo também afirmou que não acredita que o juiz da luta tenha se sentido pressionado pela torcida francesa, que lotou a Arena Campo de Marte. “A torcida acho que não influencia na arbitragem”, pontuou.

Segundo o judoca brasileiro, agora é hora de “engolir a tristeza” e focar na disputa por equipes. “Essa emoção de tristeza vai passar, vai ficar a gratidão, a alegria de um dia de competição, de um dia de trabalho que, do meu ponto de vista, foi bom, foi muito legal estar naquele tatame ali. Eu vou ter a oportunidade de estar de novo e posso sair com uma medalha daqui ainda”, disse.

As disputas de equipes mistas do judô vão acontecer no próximo sábado, dia 3 de agosto. Macedo afirmou que os atletas brasileiros vão conversar entre si para se motivarem e irem em busca de uma medalha. “A gente vai se apoiar. É um time aqui, é Brasil, e a gente vai se unir pra tentar representar nosso País da melhor forma possível e levar essa alegria de uma medalha para o nosso País. Uma medalha inédita.”