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Fronteira Acreana Fechada: Bolivianos bloqueiam pontes em protesto por obras e crise econômica
A fronteira entre o Acre e a Bolívia está paralisada desde a madrugada desta quinta-feira (1º de agosto), com a interdição das pontes que ligam Cobija às cidades brasileiras de Brasiléia e Epitaciolândia. A medida, organizada pela Federação de Transporte do Departamento de Pando, visa pressionar o governo boliviano por soluções para a crise econômica e a demora na construção do Corredor Bioceânico.
A decisão de bloquear as pontes foi tomada em assembleia-geral realizada na quarta-feira (31 de agosto), com a participação de diversas entidades do setor de transporte. As principais reivindicações dos manifestantes são a conclusão do Corredor Bioceânico, a escassez de dólares no país e a falta de óleo diesel.
Apesar da mobilização, nem todos os setores do transporte boliviano concordam com o bloqueio. Organizações como o Transporte Livre e a Federação dos Gremiais de Pando se opuseram à medida, argumentando que ela agrava a crise econômica e prejudica a população.
O dirigente do Sindicato dos Taxistas 1º de Maio, Ricardo Mamany, afirmou que o bloqueio durará apenas 24 horas, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades bolivianas para a necessidade de negociação. “Estamos buscando melhorias para nosso povo. O impedimento será apenas para veículos, e as pessoas podem passar tranquilamente a pé, assim como ambulâncias e pessoas enfermas”, disse Mamany.
A paralisação da fronteira impacta significativamente o transporte de pessoas e mercadorias na região, gerando transtornos para comerciantes, trabalhadores e moradores de ambos os lados da fronteira. A situação exige uma solução rápida e negociada entre o governo boliviano e os manifestantes, para evitar que a crise se agrave e cause ainda mais prejuízos à população.