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RIO BRANCO
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GERAL

O esquecimento de um herói: 122 anos da Revolução Acreana sem o devido reconhecimento em Xapuri

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Em 6 de agosto de 1902, em Xapuri, um grupo de seringueiros liderado por Plácido de Castro iniciava uma jornada que mudaria para sempre a história do Acre. A Revolução Acreana, um marco de luta e resistência, completa 122 anos, mas a data, que marcou o início da luta pela anexação do território ao Brasil, parece ter se apagado da memória em seu berço.

Enquanto a Batalha do Igarapé Bahia, um mero combate em que as tropas seringueiras foram derrotadas, é celebrada com desfile militar e comércio fechado na Bolívia, Xapuri, o local onde a Revolução teve início, não realiza nenhuma programação alusiva à data há décadas.

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A falta de eventos e a negligência com a memória histórica são evidentes em Xapuri. O Museu Casa Branca, que abrigou a Intendência Boliviana e foi palco do famoso “não é festa, é revolução”, encontra-se em estado de abandono há mais de uma década. A Fonte do Bosque, onde soldados e cavalos de Plácido de Castro teriam bebido água antes da batalha, também foi abandonada, sendo enterrada e reaberta sem nunca receber tratamento adequado para se tornar um ponto turístico.

Até mesmo o memorial em homenagem a Plácido de Castro, construído em terreno doado pela prefeitura, foi demolido sem explicações, dando lugar a uma quadra de areia.

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A memória da Revolução Acreana, que envolveu brasileiros natos, muitos dos quais perderam a vida em combate, parece se esvair em Xapuri. A falta de investimento em preservação histórica e a ausência de eventos que celebram a data demonstram um descaso com a história e com a memória de um dos momentos mais importantes do Acre.

Enquanto em Rio Branco, o bairro Seis de Agosto celebra a data, a história em Xapuri, o local onde tudo começou, se esvai como o rio que corre em direção ao esquecimento.

É preciso que a história da Revolução Acreana seja preservada e celebrada, não apenas em Rio Branco, mas em todos os lugares que foram tocados por essa luta. A memória de Plácido de Castro, o caudilho gaúcho que liderou a Revolução, e de todos aqueles que lutaram por um Acre brasileiro, precisa ser mantida viva, para que as futuras gerações não se esqueçam da importância dessa conquista.

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