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Bicampeã olímpica, Thaisa busca o ‘tri’ e festeja semifinal com menos embates: ‘Estou cansada’

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A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei saiu vitoriosa após confronto com a República Dominicana nesta terça-feira, 6, e avança para a semifinal nos Jogos Olímpicos de Paris. Sob comando do técnico José Roberto Guimarães, elas fizeram o placar de 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/13 e 25/17.

A meio-de-rede Thaisa Daher, de 37 anos, citou o trabalho em equipe como principal atributo para a vitória da Seleção Feminina de Vôlei nesta terça-feira, 6, pontuando ainda o planejamento antes do jogo.

“A gente entrou [em campo] respeitando muito a equipe Dominicana, a gente sabia da força de ataque delas. Pra nós, todo jogo é uma final. Independente de quem entrar do outro lado, a gente tem que dar o nosso melhor […] a gente estuda o adversário antes e elas tentaram fazer diferente. O interessante foi que a gente conseguiu ir se ajustando na partida, entendendo que elas estavam fazendo diferente e com a conversa, conseguimos virar os sets. E isso faz parte do jogo. O jogo de vôlei não tem como. Cada hora a bola está no lugar, não vai ser sempre exato. Então a gente tem que saber se adaptar a essas situações. E a gente tem feito isso bem, apesar de alguns momentos que acontecem. Óbvio que acontece, só tem times de qualidade aqui. Então resta a paciência. Essa comunicação do esquadrão foi o mais importante para a gente conseguir manter a tranquilidade e conseguir virar o adverso”, disse Thaisa Daher, em entrevista ao Terra, direto de Paris.

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A Seleção de Vôlei segue sem perder sets nos Jogos de Paris, ao contrário do que ocorreu em Tóquio-2021. Na edição anterior, o time conquistou a medalha de prata, mas passou por algumas derrotas. Ao avaliar a diferença entre os cenários, a atleta aprecia o fato de o Brasil estar reinando em quadra, mas reconhece que a derrota também tem seu valor.

“Eu acho que a derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói. E tenho certeza que todas as derrotas, até mesmo quando eu não estava, doeu muito para todas elas”, argumentou Thaisa, que explicou as sucessivas vitórias em Paris. “Aqui a gente está muito focada. A gente sabe o que a gente quer. A gente acredita muito uma na outra, no trabalho que está sendo feito. Vai ter dificuldade? Vai, porque são grandes equipes. A gente está em uma Olimpíada, mas é acreditar no trabalho e seguir firme fazendo”.

Prestes a fazer história, Thais, que é bicampeã olímpica com duas medalhas de ouro, pode conquistar o ‘tri’. Apesar disso, para além do sentimento de competição, os Jogos Olímpicos de Paris tem teor afetivo, justamente pelo fato de ela poder conviver com outras gerações de atletas, sendo esta sua terceira equipe.

“[Para além do título de ‘tri’] é especial porque é outra geração. Essa é a terceira geração que pego. Eu peguei uma anterior a minha, a minha e essa agora. Eu fico muito feliz de estar fazendo parte desse grupo. Ver a dedicação de cada uma delas. A vontade e o desejo de vencer de cada uma delas. Eu não vejo em momento nenhum elas desistirem. Isso enche meus olhos, me dá muito orgulho. Eu fico muito feliz de estar aqui. Eu quero muito que elas sintam o que eu já senti. Elas merecem isso. Eu senti duas vezes e quero sentir de novo. Mas elas merecem muito viver isso. Porque não tem explicação ser campeã olímpica”.

Bicampeão olímpica e aos 37 anos, Thaisa Daher se classifica como ativa e em forma, mas assume o cansaço da idade. Avançando para uma semifinal com menos embates do que teve em Tóquio-2021, ela celebra o vigor que ainda tem, mas também o fato de precisar entrar menos vezes em campo.

“Na minha idade eu chego mais cansada [à semifinal]. Quanto menos eu jogo, melhor. Hoje eu canso um pouco mais. Então o fato de ter menos jogos com certeza vai me ajudar um pouco. Não quer dizer nada porque é um desgaste mental e físico bizarro. Porque a gente tem que dar o máximo, 200% em todo jogo. Mas com certeza no meu caso, que sou um pouquinho mais idosa, vai ajudar um pouquinho”.

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