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ESPORTES

Brasil confirma tradição no skate e briga por medalha no atletismo e vôlei de praia

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Aos 23 anos, Augusto Akio, o Japinha, não fez história somente para si ao levar o bronze no skate park dos Jogos Olímpicos de Paris, como também para o Brasil, ao consolidar a tradição do País no esporte e garantir a quinta medalha olímpica brasileira na modalidade desde sua estreia, em Tóquio-2020. E o paranaense realizou o feito com a leveza que lhe cabe, praticando malabrismo sobre a pista na final.

Ao lado de Pedro Barros, prata nos Jogos de Tóquio, e Luigi Cini, Akio compôs o trio brasileiro que se destacou na classificatória do skate park e avançou à final. Além dos três, uma ‘pedrada’ aguardava pela decisão: o australiano Keegan Palmer, ouro em Tóquio-2020, que vinha pelo bicampeonato.

Com Palmer e o estadunidense Tom Schaar brigando pelo topo do pódio, os brasileiros continuaram a disputa por medalha. No fim, Akio agarrou o bronze com uma volta excelente, Palmer cravou o bicampeonato, e Schaar terminou como vice-campeão. O brasileiro ainda deu um show de malabares à torcida após a série.

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“É uma maneira das pessoas poderem me identificar. Elas passam, olham e perguntam: ‘Você que é o Japinha do malabares, do skate? Para ser skatista, você precisa ser um pouco malabarista”, brincou o skatista após receber o prêmio.

Fato é que nomes como Japinha, Rayssa Leal e todos os outros atletas que entraram em ação nos Jogos de Paris consolidaram o Brasil como potência mundial do skate. Sobre o shape, trucks e quatro rodas, os brasileiros já faturaram cinco medalhas olímpicas na modalidade, três pratas em Tóquio-2020 e dois bronzes em Paris-2024, superando os EUA, onde nasceu o esporte, com duas pratas e três bronzes olímpicos.

Classificação no ‘susto’ e dupla avança 100% em Paris

Um dos grandes nomes do Time Brasil em Paris, Alison dos Santos, o Piu, voltou ao Stade de France para continuar sua briga por medalha. Classificado à semifinal dos 400m com barreiras, o paulista de São Joaquim da Barra fez parte da primeira bateria decisória desta quarta, ao lado do recordista olímpico e mundial, o norueguês Karsten Warholm.

E, como bom brasileiro, a vaga na final chegou após momentos de tensão para Piu. Terceiro colocado na primeira bateria, com tempo de 47s95, o velocista passou a depender do resultado dos outros atletas para saber se avancaria na disputa por medalha.

Na semifinal da modalidade, avançam os dois primeiros colocados de cada bateria, em seguida, os dois ‘terceiros colocados’ mais rápidos’, formando, assim, o pelotão de oito finalistas. Como quem corre com o regulamento debaixo do braço, Piu se fez valer do seu tempo para assegurar a vaga na final, que será na próxima sexta-feira, 9.

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Após a corrida, o atleta disse à imprensa que ‘não entendeu o que aconteceu’, mas cravou como será seu desempenho na corrida pelo ouro: “Vou com mais raiva, com um gosto ruim na garganta, no peito, de saber que para chegar lá não foi tranquilo, não foi o caminho perfeito, mas nada muda. São 8 atletas, 3 medalhas, um campeão”.

Se nas pistas de corrida teve susto, o mesmo aconteceu nas areias da Arena Torre Eiffel, onde Ana Patrícia e Duda encararam as letãs Tina e Anastasija, pelas quartas de final do vôlei de praia olímpico. A dupla brasileira é única de quatro do Brasil ainda viva no torneio.

O duelo começou difícil para Ana Patrícia e Duda, que viram as adversárias abrirem seis pontos de vantagem no início do primeiro set. Rapidamente, no entanto, as brasileiras, dupla número 1 do mundo, assumiram o controle da partida e asseguraram a vitória por 2 sets a 0, com parciais de 21-16 e 21-10.

As brasileiras encaram, na semi e de olho na briga pelo ouro, as australianas Mariafe e Clancy e já projetam a partida: “Será um jogão contra a Austrália, vice-campeã olímpica, que já enfrentamos muitas vezes, mas vamos entrar com muita vontade de estar na nossa primeira final”. Ana Patrícia e Duda continuam, também, sem perder um único set no torneio dos Jogos de Paris.

Classificações e despedidas

O dia do Time Brasil nos Jogos de Paris começou logo de madrugada, às 2h30 pelo horário de Brasília, com Caio Bonfim, medalhista de prata no individual, e Viviane Lyra em ação pela marcha atlética em revezamento misto. A dupla se despediu da Olimpíada com a sétima colocação.

Ainda pela manhã, outro nome forte do Brasil na briga pelo ouro, Isaquias Queiroz chegou em segundo na sua bateria do C-1 1000m e avançou direto à semifinal da canoagem de velocidade. Matheus Nunes ficou pelas quartas de final da categoria, assim como Vagner Souto, pelas quartas do K-1 1000m. Pelas mulheres, Ana Paula Vergutz avançou à semifinal do K-1 500 metros.

No tênis de mesa por equipes, o Brasil, representado por Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro, foi eliminado nas quartas de final pela equipe da França.

Ainda no atletismo, Matheus Lima encerrou sua participação nos 400 metros com barreiras na semifinal. Fernando Ferreira não avançou das classificatórias do salto em altura, e Jucilene Lima caiu nas preliminares do arremesso de dardo.

Pelos 110 metros com barreiras, Eduardo Rodrigues e Rafael Pereira, que reclamou de ‘puxão’ dado por adversário francês no início da prova, caíram nas semifinais. Renan Gallina também ficou pela semi dos 200 metros rasos e, por fim, Almir Júnior garantiu a vaga do Brasil na final do salto triplo, com a quinta melhor marca da competição.

Na vela, as regatas de medalha, previstas para esta quarta, foram adiadas para quinta-feira, 8, pelas condições de tempo na Marina de Marselha. Os brasileiros não têm chance de medalhar nas provas.

 

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