ENTRETENIMENTO
‘Quero matar a saudade de dormir’, brinca medalhista Rafaela Silva na volta ao Brasil
Rafaela Silva está de volta ao Brasil. Nesta quarta-feira, 7, ela desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, com a medalha de bronze na bagagem conquistada nos Jogos Olímpicos de Paris.
E a judoca já tem planos para os próximos dias. “Quero matar a saudade de dormir (risos). Dormir e comer é muito bom. Lá a gente acorda de manhã, o ônibus atrasa, é cinquenta minutos em pé porque não tem banco para todo mundo. Foi complicado. Agora tivemos seis horas de atraso no voo. Precisamos descansar agora”, disse bem-humorada.
“Agora é voltar para casa e poder se alimentar bem. Todos estavam acompanhando o pessoal falando sobre a alimentação na Vila [Olímpica]. Eu também não podia ficar comendo muito porque temos que dar o peso. Poder voltar agora e comer com minha família vai ser a melhor coisa”, ressaltou.
Pela disputa da categoria até 57kg na Olimpíada, a judoca sofreu duas derrotas seguidas. Foi eliminada na semifinal contra a sul-coreana Mimi Huh e na disputa do bronze pela japonesa Haruka Funakubo, terminando sem medalha.
Na luta pelo bronze, Rafaela foi desclassificada por uma técnica ilegal, assim como aconteceu em sua primeira participação olímpica, em Londres-2012. “Foi um momento complicado. Fiquei bastante chateada, mas sabia o quanto eu era importante para o time. Tive que virar minha chave, concentrar e fiquei feliz de terem me sorteado”.
Rafa Silva voltou ao tatame na disputa por equipes contra a Itália e foi a responsável por conduzir o Brasil na conquista do bronze. Depois do empate por 3 a 3, com o fim das seis lutas anteriores, Rafa foi sorteada para o desempate que valia a medalha, contra a italiana Veronica Toniolo. Ela venceu duas das quatro vitórias do País na decisão.
“Quando a Ketleyn caiu, pensei: ‘Não acredito que perdi uma medalha de novo’, e eu sabia que ia acabar quando terminasse a luta. Eu só não lembrava da pontuação. Quando falaram para concentrar porque ainda tínhamos chances, só levantei pensando no meu número (para o sorteio). Geralmente, quando tem o sorteio, o atleta que vai lutar permanece, e a equipe sai. Eu vi que a italiana desceu junto com a equipe para beber água e já pensei: ‘Ela está se cagand*’ (risos). Fui mais confiante ainda. Estava pedindo para sair meu nome, sabia da responsabilidade. Fiquei feliz de dar o último ponto e sair com mais uma medalha olímpica”, relembrou.
Incógnita em Los Angeles
Rafaela Silva não garantiu se realmente vai estar na Olimpíada de Los Angeles em 2028. “É difícil cravar que estarei em Los Angeles. São quatro anos no processo de classificação. Mas meu objetivo é, sim, estar em mais uma Olimpíada”, finalizou.
Com o bronze por equipes mistas conquistado em Paris, o Brasil chegou a 28 medalhas na história do esporte e é o quinto país com mais pódio, atrás de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.
Os resultados também colocam o judô como o esporte que trouxe mais medalhas para o Brasil, seguido pelo vôlei que, somando praia e quadra, tem 24.