RIO BRANCO
Acre em Alerta: monitoramento revela que qualidade do ar supera diretrizes da OMS

Recentemente, dados do sistema Purple Air, coletados na noite de quarta-feira, 7, indicaram que a qualidade do ar em diversas cidades acreanas apresenta níveis de material particulado fino (MP2,5) superiores às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em cidades como Cruzeiro do Sul (18 µg/m³), Sena Madureira (21 µg/m³), Xapuri (19 µg/m³), Porto Acre (23 µg/m³), Rio Branco (23 µg/m³) e Brasiléia (29 µg/m³), as condições de qualidade do ar foram classificadas como aceitáveis. No entanto, é importante ressaltar que essas concentrações podem representar riscos à saúde para indivíduos mais vulneráveis, especialmente após 24 horas de exposição contínua.
A OMS estabelece um limite seguro de 15 µg/m³ para o material particulado fino em um intervalo de 24 horas e de apenas 5 µg/m³ ao longo do ano. Durante os períodos de estiagem no Acre, esses limites são frequentemente ultrapassados em níveis alarmantes.
O MP2,5 é particularmente preocupante devido ao seu tamanho diminuto, que permite que essas partículas penetrem profundamente nos pulmões e cheguem à corrente sanguínea. A exposição prolongada ou a altos níveis desse poluente está ligada a uma série de doenças graves, incluindo problemas respiratórios e cardiovasculares, câncer de pulmão e até mesmo efeitos adversos no desenvolvimento infantil.
Diante desse cenário preocupante, é crucial que ações sejam implementadas para mitigar as fontes de poluição e proteger a saúde da população. Medidas como o controle rigoroso das queimadas e o monitoramento contínuo da qualidade do ar são essenciais.
Além disso, a conscientização da população sobre os riscos associados à poluição do ar se torna fundamental. Orientações sobre a adoção de práticas seguras, como evitar atividades ao ar livre em momentos de alta poluição e utilizar máscaras adequadas quando necessário, podem ajudar a minimizar os impactos negativos à saúde.
