POLÍTICA
Presidência do BC: ‘Não vejo problema para aprovar no Senado nome de Galípolo’, diz Wagner
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que não vê empecilhos para aprovar na Casa uma eventual indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, à presidência da autarquia. Ele ressaltou “não saber” se Galípolo será o indicado, mas disse que “suspeita” que isso ocorrerá.
“O Galípolo é o nome que está em alta, eu não sei se vai ser ele, não sou eu que escolho”, disse Wagner, em entrevista à GloboNews. Quando indagado sobre se Galípolo seria aprovado no Senado, o parlamentar respondeu: “Eu não vejo problema, sinceramente não vejo problema.”
Wagner afirmou que, se depender dele, a indicação do nome para a presidência do BC e a votação dele pelo Senado ocorreriam antes das eleições municipais, em outubro. Mas ponderou que a preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é não fazer uma indicação muito antecipadamente, para não gerar desgaste ao escolhido.
Segundo o líder do governo, existe uma “concordância” entre todos os grupos envolvidos que, quanto antes a indicação for feita, melhor. Mas isso passa por uma combinação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem de convocar uma sessão de votação secreta, e com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para sabatinar o escolhido.
“Eu já falei isso com o presidente Vanderlan e eu diria, assim, que há um entendimento tácito de que, uma vez o presidente indicando – e ele vai indicar conversando —, que seguramente a coisa seja rápida”, disse o senador.
Wagner ponderou não saber quando ocorrerão as indicações das três vagas remanescentes. Os mandatos dos diretores de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Carolina de Assis Barros, e de Regulação, Otávio Damaso, terminam em dezembro, e, caso a indicação de Galípolo seja confirmada, o governo também terá de nomear um novo chefe para a Política Monetária no BC.
“Se ele vai fazer junto, sinceramente, eu não sei”, disse o senador.