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Expoacre 2024: Artistas locais lamentam a ausência do palco alternativo e a falta de apoio à diversidade musical

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A Expoacre 2024, tradicional evento que movimenta o estado do Acre, está sendo palco de um debate acalorado entre artistas locais e a organização da feira. A principal polêmica gira em torno da ausência do palco alternativo, espaço que, nos anos anteriores, abrigava apresentações de diversos estilos musicais, como rock, MPB e música regional, e servia como vitrine para artistas que não se encaixam no gênero sertanejo, predominante no evento.

A ausência do palco alternativo gerou grande frustração entre os artistas acreanos. Em 2023, 54 artistas se apresentaram nos palcos sertanejo e alternativo, demonstrando a importância do espaço para a diversidade musical da região. Para Marcos Thadeu, conselheiro estadual de cultura do CONCULTURA, a Expoacre representa uma oportunidade crucial para os artistas locais exporem seus trabalhos e impulsionarem suas carreiras.

“A falta de um palco alternativo demonstra uma desconsideração com a rica diversidade musical do Acre. A FEM, como instituição de cultura, deveria ter priorizado a inclusão de todos os artistas, em especial aqueles que não se encaixam no modelo predominante da feira”, afirma Thadeu.

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A Fundação Elias Mansour (FEM), responsável pela organização da Expoacre, justifica a ausência do palco alternativo alegando a impossibilidade de viabilizar um espaço adequado para o Culturarte neste ano. Segundo Sérgio Siqueira, diretor de eventos da FEM, a construção de um espaço permanente para o palco alternativo está prevista para 2025.

“Em 2022, o palco alternativo foi alvo de críticas por parte dos artistas devido à sua localização e estrutura. A FEM, em resposta às reivindicações, se comprometeu a criar um espaço permanente para o Culturarte. Infelizmente, a obra não foi concluída a tempo para a edição deste ano. Em respeito aos artistas, decidimos concentrar as apresentações no Palco Sertanejo, que possui estrutura permanente”, explica Siqueira.

A justificativa da FEM, no entanto, não convence os artistas, que questionam a falta de alternativas para a inclusão de outros estilos musicais na programação da Expoacre. A ausência do palco alternativo levanta questionamentos sobre o real compromisso da FEM com a promoção da diversidade cultural no estado.

A discussão sobre a falta de espaço para a música local na Expoacre 2024 coloca em evidência a necessidade de um debate mais profundo sobre o papel da cultura na feira e o apoio que o governo deve oferecer aos artistas acreanos. É fundamental que a FEM, em conjunto com os artistas, busque soluções para garantir que a Expoacre seja um espaço de celebração da riqueza cultural do Acre, incluindo todos os estilos musicais e oferecendo oportunidades equitativas para todos os artistas.

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