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ENTRETENIMENTO

Melhor amigo de Silvio Santos critica gestão das herdeiras no SBT: ‘Ego e falta de experiência’

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Santos (1930-2024), não considera a gestão das herdeiras do Homem do Baú como bem-sucedida. Para ele, a ‘falta de experiência e os egos são o que ditam o futuro da emissora’ e isso já era notável antes da morte de Silvio.

“Não precisou o Silvio morrer para sabermos qual será o caminho do SBT. Desde que o Silvio deixou de participar, e suas filhas e a Iris lideraram os negócios, vimos que a falta de experiência e os egos são o que ditam hoje o caminho do SBT. Infelizmente, o SBT deixou de ser vice-líder numa rapidez alarmante, e o caminho contrário é muito mais difícil”, disse ele, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. “Acho que tem que haver um equilíbrio entre a marca colocada pelo Silvio e a modernização. Modernizar não quer dizer que você destruirá o DNA da empresa. É triste ver o caminho que o SBT está tomando”.

Callegari e Silvio Santos trabalharam juntos por mais de 40 anos, desde quando o comunicador apresentava show em circos, depois passando pela criação do SBT e durante até o fim dos anos 1990. Durante esse período, os dois ficaram muito amigos e próximos, passavam horas discutindo decisões executivas e a melhor maneira de conduzir e organizar a programação do canal.

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“Só aconteceu [o sucesso] porque conversávamos dez horas por dia, em média. Não tinha ego envolvido [entre] ele e eu. Discutimos por horas os melhores talentos para a programação e o que deveria ser feito. Tínhamos intimidade, de fato, de poder falar tudo um para o outro, sem qualquer tipo de preocupação, ajudou no desenvolvimento da emissora. A paixão que temos pela televisão se refletiu na audiência”, afirmou.

Nos últimos anos de vida Silvio Santos tomou uma postura mais reclusa. Falava com poucos amigos e não gostava de sair. Pouco após a pandemia de covid-19, o apresentador recebeu a visita de Callegari em casa. O ex-manda-chuva do SBT e sua família foram convidados para jantar na mansão Abravanel, em São Paulo. O encontro, segundo relata, tinha tom de despedida, mas passou longe de ser assunto da noite.

“[Ele não estava bem de saúde], senti que ele queria falar alguma coisa, mas não conseguia. O que ficou gravado [na minha memória] é que na hora em que eu estava saindo, ele me chamou numa outra sala e me disse se eu precisava de alguma coisa. Foi a última vez que eu falei com meu amigo”, recordou.

Luciano Callegari ainda falou que o maior tesouro, além de ser melhor amigo de Silvio Santos, foi que suas família se entrosaram de forma harmoniosa ao longo dos anos, o que viabilizou mais o carinho entre os dois.

“A minha maior satisfação não foi ser o melhor amigo do Silvio, como ele disse diversas vezes. Mas foi ver que nossas famílias também se davam bem. A Anna [mulher de Callegari, já falecida] e a Iris sempre se deram muito bem, viajávamos muito juntos nas férias para a Flórida, e os meus filhos [Luciano Jr., Mauro, Rodrigo e Rogério] e as meninas [filhas de Silvio] sempre se deram muito bem também. A gente era uma família como na televisão”.

 

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