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Acre enfrenta crise ambiental: Fumaça da Amazônia eleva níveis de poluição em Rio Branco

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Na última segunda-feira, dia 2, o governo do Acre, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), emitiu um alerta à população sobre a deterioração da qualidade do ar na região. Segundo informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), a maior parte da fumaça que afeta o estado provém do sul do Amazonas, resultado de um elevado número de focos de calor na Amazônia.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, enfatizou que o governo está mobilizado para enfrentar este período crítico. Ela destacou a importância da fiscalização e do monitoramento ambiental contínuo, afirmando que a deterioração da qualidade do ar demanda atenção especial de todos os setores da sociedade. “É essencial que todos compreendam a gravidade da situação; combater as queimadas é uma responsabilidade coletiva. O aumento dos índices de poluição, aliado à baixa umidade e à seca dos rios, não afeta apenas o meio ambiente, mas também a saúde da população”, declarou.

De acordo com os dados divulgados pelo Cigma, a qualidade do ar nos municípios acreanos ultrapassou os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece um limite seguro de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³). A regional do Baixo Acre se destaca como a mais crítica, com a capital Rio Branco apresentando uma média alarmante de 193,65 (μg/m³), o que representa treze vezes mais que o limite seguro.

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Julie Messias também ressaltou que a fumaça resultante das queimadas locais e regionais é transportada pelo vento, agravando ainda mais a situação já complicada pela seca extrema. Outras regiões como Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá também enfrentaram níveis muito ruins de poluição ao longo do dia.

Em resposta à crise, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) orienta a população a seguir as recomendações do Ministério da Saúde para proteger a saúde respiratória. Entre as medidas sugeridas estão: aumentar a ingestão de líquidos, limitar o tempo em ambientes abertos durante períodos críticos, manter portas e janelas fechadas quando houver alta concentração de fumaça e evitar atividades físicas em momentos de poluição intensa. O uso de máscaras também é recomendado.

Além disso, a Sesacre pede que os cidadãos fiquem atentos aos sintomas respiratórios e busquem atendimento médico ao notarem qualquer desconforto físico.

O governo do Acre está implementando diversas ações para lidar com essa situação crítica. Entre elas estão: intensificação da fiscalização por meio da Operação Sine Ignis; monitoramento ambiental com imagens detalhadas; ações de educação ambiental nos municípios; regularização ambiental; orientações do Corpo de Bombeiros; fortalecimento das brigadas contra incêndios; medidas adaptativas para abastecimento de água nas residências; reconhecimento da situação de emergência em todo o estado; e organização das ações através de um comitê de crise para um enfrentamento coordenado.

Essas iniciativas visam não apenas mitigar os impactos imediatos das queimadas e da poluição, mas também promover uma conscientização coletiva sobre a importância da preservação ambiental e da saúde pública.

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