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POLÍTICA

Marina Silva destaca importância das ações ambientais para proteger a Amazônia

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que as iniciativas ambientais estão desempenhando um papel crucial na mitigação dos incêndios na Amazônia, que poderiam ter atingido proporções alarmantes sem os esforços do atual Governo Federal. Durante uma audiência na Comissão de Meio Ambiente do Senado, realizada na véspera do Dia da Amazônia (5/9), Marina discutiu as estratégias adotadas pelo governo e analisou a atual situação climática.

A ministra enfatizou que não houve cortes orçamentários em sua pasta para o combate ao fogo e destacou que, caso o governo não tivesse implementado medidas para reduzir o desmatamento nos últimos anos, a situação seria “incomparavelmente pior”. Ela observou que a combinação de mudanças climáticas e as secas mais severas enfrentadas pela Amazônia e pelo Pantanal nos últimos 40 anos formam um cenário preocupante, agravado por fenômenos climáticos como El Niño e La Niña.

Marina também alertou sobre o impacto das queimadas criminosas, ressaltando que 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação ao orçamento destinado ao combate ao fogo, a ministra informou que, enquanto em 2022 foram investidos R$ 60 milhões, o valor aumentou para R$ 89,3 milhões em 2023 e R$ 111,3 milhões em 2024. “Uma análise das ações desde janeiro de 2023 demonstra a diferença entre enfrentar uma crise ambiental com planejamento e estar despreparado”, argumentou Marina.

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A senadora Leila Barros (PSB), presidente da Comissão de Meio Ambiente, corroborou suas afirmações ao apresentar dados sobre a origem criminosa de muitos incêndios, revelando que os crimes ambientais movimentam entre 110 bilhões e 280 bilhões de dólares anualmente no cenário internacional. Os números de focos de incêndio em áreas não urbanas aumentaram significativamente em 2024, chegando a 139 mil registros, comparados a 69 mil em 2023.

Apesar do aumento da fiscalização, essa realidade evidencia a combinação entre fatores climáticos adversos e ações humanas deliberadas. Marina também mencionou uma mudança preocupante no perfil dos incêndios na Amazônia: atualmente, 32% das queimadas ocorrem em áreas florestais — um aumento considerável em relação aos 18% registrados anteriormente.

Além disso, dados do MapBiomas indicam que os incêndios têm devastado áreas equivalentes à cidade do Rio de Janeiro a cada cinco dias. A ministra destacou os avanços no controle do desmatamento no Brasil, com uma redução de quase 50% na Amazônia entre janeiro e dezembro de 2023 e uma queda de mais de 40% nos primeiros meses de 2024 em comparação ao ano anterior. Contudo, ela reconheceu que o combate ao desmatamento no Cerrado continua sendo um grande desafio.

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