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CIDADES

“Estamos como Prisioneiros”: Moradores denunciam usina de asfalto

Publicado em

Fotos: cedidas

Uma usina de asfalto localizada no Distrito Industrial de Rio Branco tem sido alvo de denúncias por parte de moradores e empresários da região, que acusam a empresa de operar fora das normas técnicas, causando poluição ambiental e afetando a saúde de trabalhadores.

De acordo com relatos, a usina estaria despejando resíduos de sua atividade em uma área de mata próxima, além de liberar grande quantidade de pó no ar, o que tem causado problemas de saúde como dor de cabeça e náuseas em trabalhadores de empresas vizinhas.

A denúncia foi encaminhada ao Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Fotos e vídeos mostram a quantidade de pó que se acumula em carros e a fumaça considerada tóxica pelos moradores.

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“A situação é insustentável. Ninguém consegue abrir as portas das empresas porque a poeira invade tudo, o cheiro do material derivado do petróleo é insuportável. Estamos como prisioneiros, e os mananciais estão sendo contaminados. Além disso, nos sentimos ameaçados, os donos da usina passam na frente das nossas casas, param os carros e ficam nos olhando”, relata a empresária Cláudia Verissimo.

Verônica Andrade, que mora e possui uma tornearia na região, também reclama da situação: “É muito difícil respirar, ficar dentro de casa. Para quem tem crianças pequenas, é ainda mais complicado. Não podemos nem lavar roupa que o pó suja tudo. Eu tenho problema de asma, estamos passando por um problema muito sério”.

Rafael Wiciuk, gestor da usina, afirmou que a empresa possui todos os laudos e atribuiu a fumaça à capacidade máxima de produção, alegando que a área não deveria ter residências.

“Nossa empresa está situada em uma área industrial, mas as pessoas que estão denunciando fizeram construções irregulares dentro do Distrito Industrial. Temos todos os licenciamentos ambientais, mas trata-se de uma indústria de asfalto, que de uma forma ou de outra joga algumas fuligens. Não tem como tirar 100%. Com a intensidade de produção da usina, estamos com a capacidade máxima operacional. Temos ainda este período crítico, que é a fumaça e temperaturas ao extremo, isso tudo soma e contribui para essa situação”, justificou Rafael.

O MPAC já agendou uma vistoria na empresa para os próximos dias.

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