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ENTRETENIMENTO

Vitória de Lucca ressalta a força do Brasil sertanejo e manda recado urgente à TV

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Uma das áreas metropolitanas em que a Globo possui menor audiência é Goiânia. Justamente de lá saiu o campeão da 1ª edição do ‘Estrela da Casa’, o cantor Lucca.

O ‘talent show’ flopou no Ibope e não empolgou as redes sociais, mas deixa uma lição importante: o sertanejo continua a ser a maior potência musical do Brasil e a televisão precisa dar mais espaço ao gênero.

Maior vitrine eletrônica do país, a Globo já fez produções de sucesso com o ritmo raiz, a exemplo do programa dominical ‘Som Brasil’ (1981 a 1989), dos cinco especiais ‘Amigos’ (entre 1995 e 2019) e da série ‘Rensga Hits!’, com duas temporadas disponíveis no Globoplay. Mas é pouco, bem pouco perto da dimensão da indústria sertaneja.

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Algumas oportunidades foram perdidas, como na novela das 21h ‘Terra e Paixão’, em 2023. Com os protagonistas envolvidos no agronegócio, os autores poderiam ter inserido a cultura caipira na trama, assim como fizeram os roteiristas de ‘Pantanal’.

Sempre a hipervalorizar os modismos gringos, o brasileiro já teve vergonha de ser ‘pé vermelho’ e insistiu em ser pop. Parte da mídia cometeu o mesmo erro.

Hoje, os cantores sertanejos são – ao lado dos funkeiros – o exemplo seguido por milhões de jovens que sonham viver de música e conseguir ascensão social.

A ostentação dos artistas milionários pode ser cafona, porém, as letras são brilhantes ao retratar o romantismo, a safadeza, as dores de corno, a alegria de viver. Puro suco do Brasil real.

Lucca deixa o ‘Estrela da Casa’ com R$ 1 milhão na conta, um contrato com gravadora e terá uma canção em trilha de uma novela da Globo. Ótimo começo. Tomara que não desapareça após o ‘oba oba’, como ocorreu com tantos cantores talentosos de programas similares da TV.

 

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