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MUNDO

‘Mestre dos corvos’ ganha R$ 150 mil por ano para ‘sustentar’ profecia da coroa britânica

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Um militar da Marinha Real Britânica acabou assumindo uma nova posição, considerada vital para a manutenção da monarquia no Reino Unido: a de cuidados de corvos, ou “Mestre dos Corvos”. Segundo uma antiga profecia, é preciso que seis corvos vivam na Torre de Londres para que o reinado continue.

A lenda relata que o Rei Charles II (1660-1685) escutou essa profecia. Caso os corvos morram ou deixem a torre, ela desmoronaria e levaria junto o reino da Inglaterra.

Desde então, os membros dos Yeomen Warders, o corpo de guardas encarregados de vigiar esse castelo medieval que abriga as joias da Coroa, cuidam desses pássaros e vigiam para que pelo menos seis permaneçam no local, como ditam as regras promulgadas pelo rei Charles II, segundo informações da agência de notícias AFP.

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A profissão de mestre dos corvos, portanto, é de suma importância. De acordo com o portal Business Insider, um mestre dos corvos recebe salário anual de 21 mil libras, o equivalente a R$ 150.575,18, na cotação atual.

Quem é o ‘mestre dos corvos’

Em março de 2024, Michael “Barney” Chandler, de 57 anos, assumiu o cargo, que leva muito a sério. Ele usa um uniforme preto e vermelho, e um chapéu característico redondo com aba plana. No trabalho, ele lidera uma equipe de quatro pessoas encarregadas de alimentar, cuidar e vigiar os corvos na Torre de Londres.

Chandler é ex-comandante da Marinha Real, e participou de missões no Iraque, Afeganistão e no Ártico. Ele nunca manifestou interesse pelos pássaros até chegar à Torre de Londres, há 14 anos.

Inicialmente, ele diz que foi atraído pela lenda da profecia, mas ao começar a trabalhar com os animais, percebeu que levava jeito. “Me apaixonei pelos corvos”, conta, ressaltando que são aves extremamente inteligentes, e que têm personalidade.

Atualmente, sete corvos vivem na antiga prisão, sendo um a mais do que os seis necessários, segundo a profecia. A ideia é prevenir imprevistos, segundo o mestre. Nesta sexta-feira, 4, foi anunciado que um dos corvos do local morreu após ficar com a cabeça presa na gaiola, e ser atacado.

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Os corvos da realeza costumam ficar soltos durante o dia para voar pela Torre de Londres, mas têm algumas penas das asas aparadas para não conseguirem fugir para longe. Eles são alimentados diariamente por Michael, que dá pintinhos mortos pra eles comerem.

O local é visitado por milhões de turistas do mundo inteiro a cada ano, e os corvos também se tornaram uma atração. “São muito caseiros, desta forma, mesmo se durante o dia estão em liberdade, não vão embora”, explica Chandler.

Bem cuidados, os animais podem sobreviver 20 anos, enquanto na natureza, vivem entre 10 e 15 anos. O corvo mais velho viveu na Torre durante 44 anos.

 

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