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Nokia, Napster e mais: como estão empresas que dominavam o mercado de tecnologia nos anos de 1990
Muito antes de marcas como Apple, Samsung e Xiaomi se tornarem populares entre os usuários de celulares ou serviços como Spotify, Facebook e WordPress dominarem a internet, empresas como Nokia, Napster, Kodak, AOL e Geocities eram predominantes no mercado de tecnologia.
Nos anos de 1990, essas empresas eram conhecidas mundialmente. Mas o que será que aconteceu com essas marcas? Se atualmente o consumidor pouco ouve falar dos produtos ou serviços delas, não é à toa. Grandes empresas que não introduzem inovações correm o risco de desaparecer.
Apesar de revolucionar o mercado e marcar época, essas marcas não acompanharam os avanços dos concorrentes e acabaram falindo ou mudando de ramo. O Terra explica abaixo resumidamente cada caso.
Nokia
Nos anos 1990, não havia muitas marcas grandes de telefonia celular. A Nokia era a líder no mercado junto com a Motorola.
A empresa lançou diversos celulares icônicos, como o Nokia 8110 (conhecido por sua aparição no filme Matrix), o Nokia 3310 (famoso pela sua robustez e longa duração da bateria) e o Nokia 6650, o primeiro telefone da empresa com conectividade 3G.
O que levou à decadência? A Nokia não conseguiu acompanhar o ritmo da inovação para fazer frente ao surgimento do iPhone em 2007 e concorrer com a ascensão do sistema Android em 2008. Embora não tenha falido, a marca atualmente opera em um modelo diferente e bem menos relevante. A Nokia é uma das principais fornecedoras de redes 5G.
Napster
O Napster foi o primeiro programa a permitir trocas de arquivos MP3 (áudio) sem emprego de um servidor, uma vez que as músicas ficavam gravadas nos drives dos usuários e eram copiados de um para o outro livremente. As pessoas podiam pegar coleções completas sem pagar um centavo.
O Napster era tão popular que, no ano 2000, o número de usuários quadruplicava toda semana. No auge de sua popularidade, o Napster chegou a ter 70 milhões de usuários cadastrados.
O que levou à decadência? A indústria fonográfica não gostou da ideia de pessoas trocando músicas protegidas por direitos autorais sem pagar nada às gravadoras. Diversas gravadoras entraram com processos contra o Napster por incentivo à pirataria, e, em março de 2001, o serviço foi fechado. O site passou por diversas reformulações e, hoje, é um serviço legalizado de streaming de música.
Kodak
Nos anos 1970 e 1980, a Kodak dominava o mercado de câmeras analógicas. Maior empresa de fotografia até o final dos anos 1990, a empresa era responsável por 85% das vendas de câmeras nos Estados Unidos, o principal mercado do mundo, e tinha uma presença fortíssima ao redor do mundo, inclusive o Brasil.
O que levou à decadência? A Kodak entrou com um pedido de falência em 2012 e praticamente morreu por falta de inovação. A marca não desapareceu completamente. Hoje, sobrevive com foco em tecnologias de impressão, produtos de imagem para o setor empresarial e inovações no setor de blockchain.
AOL
No início da década de 1990, a American Online (AOL) foi uma das primeiras empresas a fornecer serviços de internet fora de universidades e complexos militares. Uma de suas principais estratégias era fornecer disquetes ou CDs com discadores para conexão.
O que levou à decadência? Sua fusão com a Time Warner em 2000 não foi bem sucedida e foi considerada um erro pelos executivos. A empresa encerrou as suas atividades no mercado brasileiro em 17 de março de 2006, tendo uma dívida estimada em US$ 182 milhões.
Geocities
O GeoCities foi o precursor das comunidades digitais, que conhecemos hoje como as redes sociais. Muito antes dos blogs, era no Geocities que as pessoas escreviam sobre todo tipo de assunto, geralmente abusando de gifs animados. Em 1999, o Geocities era o terceiro site mais visitado de toda a internet.
O que levou à decadência? O barateamento dos registros de domínios e de hospedagem de sites fizeram com que muitos migrassem do serviço, e a chegada de plataformas para blogs como Blogger e WordPress tirou a popularidade do Geocities. O serviço foi fechado em 2009.