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Mulher está com feto morto em sua barriga há 6 dias em Rio Branco e médico diz que ela pode esperar até 30 dias

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Giliane Nascimento da Rocha, 29 anos, agricultora, grávida entre o terceiro e o quarto mês de gestação, está há dias sofrendo na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. A mulher foi internada na última terça-feira, 14, já com o bebê morto em seu ventre desde o sábado anterior.

Vinda da zona rural, ao chegar na maternidade, foi colocada em dieta zero e medicada para expulsar o feto por vias naturais, ainda que ele estivesse morto. Passados três dias de sua internação, com fome e sentindo fortes dores, principalmente cólicas e contrações causadas pela medicação, mas sem conseguir expelir o feto, os familiares da mulher, que moram na capital, entraram em contato com a reportagem do Na Hora da Notícia, pedindo ajuda para que algum procedimento fosse realizado, a fim de que ela parasse de sofrer, já que o bebê estava morto.

Veja o vídeo:

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A reportagem entrou em contato com o diretor administrativo da Maternidade, Nelson Guedes, que prontamente conversou com o médico responsável pela paciente. Ele explicou ao diretor que o médico Edvaldo, Diretor Clínico da Maternidade Bárbara Heliodora, acompanhava o caso.

“Paciente teve aborto de 14 semanas (entre o terceiro e quarto mês de gestação) e foi internada para ser medicada a fim de completar o processo de abortamento. Após a expulsão do concepto (feto), será submetida à curetagem uterina. Não podemos fazer a curetagem antes de o feto ser expelido, devido ao risco de perfuração uterina. Não há indicação de cesariana, pois este termo sequer seria adequado, já que a cesariana é um procedimento cirúrgico para gravidez com feto viável acima de 24 semanas. No caso de óbito embrionário, sem a presença de infecção, como é o caso dela, existe um protocolo nacional e mundial que permite aguardar até 30 dias para que o abortamento ocorra espontaneamente. Portanto, 3 ou 4 dias internada não é considerado um tempo prolongado. Entendemos a ansiedade da paciente e da família para que o processo se complete o mais rápido possível, mas a resposta à medicação varia para cada paciente. A maioria delas expulsa o feto em menos de 12 horas após a medicação. No caso dela, a resposta foi mais lenta, mas pelas cólicas e sangramento apresentados, o caso deve ser resolvido nas próximas 12 horas. A dieta estava restrita porque se pensava que o problema seria resolvido no primeiro dia. Como isso não ocorreu, a dieta será liberada. Para a dor, está sendo medicada”, informou Guedes em mensagem no WhatsApp à repórter Rose Lima, após conversar com o diretor clínico, Edvaldo.

A família ficou triste, mas um pouco aliviada com a liberação da dieta da mulher, que já estava fraca, tanto pela falta de alimentação quanto pela perda de sangue.

“Será que, se fosse a esposa de um político ou pessoa conhecida, ou quem sabe a filha de algum ricaço, ela estaria passando por isso? Dias e dias com o bebê morto na barriga, só sentindo dor e sem conseguir abortar. É muita maldade”, desabafou um familiar.

A repórter Rose Lima também entrou em contato com a secretária de Comunicação, Nayara Lessa, que lamentou a situação via WhatsApp e afirmou que tentaria falar com os responsáveis na maternidade, embora não garantisse que eles responderiam.

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Enquanto isso, a mulher permanece sendo medicada para expulsar o feto, o que tem causado sangramento e muitas dores, sem previsão de quando essa tortura terminará.

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