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RIO BRANCO

Asfalta Rio Branco: Prefeitura suspende obras após aceleração durante eleições

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O programa Asfalta Rio Branco, considerado o principal projeto de infraestrutura da gestão de Tião Bocalom, enfrenta uma nova paralisia. Após uma aceleração das obras durante o período eleitoral, a prefeitura suspendeu os trabalhos, deixando mais de quatro obras importantes da capital em um estado de inatividade.

Anunciado em maio, o programa buscava transformar o cenário urbano da cidade. No entanto, o ritmo acelerado das obras durante a campanha resultou em falhas significativas. Em entrevista, o secretário Cid Ferreira revelou que a pressa levou à realização de pavimentações sem a devida execução de serviços complementares, como meios-fios e sarjetas. Com a chegada do período de chuvas, a durabilidade das novas pavimentações fica comprometida.

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“Eu dei uma suspendida. Nós fizemos ruas de todo jeito. Agora primeiro eu preciso fazer o balanço geral, concluir as obras das ruas que foram feitas, meio-fio e sarjeta para a gente não perder rua nenhuma”, explicou Ferreira.

José Adriano, presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Acre (SINDUSCON), comentou sobre a mudança de estratégia nos trabalhos. Ele afirmou que a paralisação é uma medida necessária para garantir que os acabamentos de meio-fio e sarjeta sejam realizados, evitando que as chuvas causem danos às novas pavimentações.

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“Foi nós mesmo que orientamos a prefeitura que começasse a tomar essas providências porque estava havendo um grande número de quilômetros sendo asfaltado e essa parte de drenagem nas laterais estava devagar”, destacou Adriano.

Outro projeto emblemático da gestão Bocalom, o elevado da Estrada Dias Martins, que visa aliviar o congestionamento em horários de pico, também está atrasado. Com uma ordem de serviço assinada em setembro de 2023 e um prazo estimado de 8 meses para conclusão, a obra deveria ter sido finalizada em maio, mas continua inacabada. O secretário Ferreira criticou a empresa responsável, afirmando que não há mais espaço para prorrogações.

“Eu dei um prazo para a empresa entregar, extrapolando, até o dia 15 de novembro. Não dá mais para prorrogar esse prazo para eles”, disparou Ferreira.

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Em maio, a administração municipal anunciou um ambicioso pacotão de quatro obras, com investimento de R$ 17 milhões e previsão de entrega para 2026. Entre os projetos estão o novo Terminal Central, a Orla da Cadeia Velha, e a revitalização do Calçadão da Benjamin Constant, todas com investimentos significativos e promessas de melhorias urbanas. No entanto, a maioria dessas obras permanece parada, sem qualquer movimentação visível.

A única exceção é a reconstrução do Mercado Elias Mansour, que está em execução, com parte do financiamento proveniente de emendas parlamentares.

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A suspensão do Asfalta Rio Branco e os atrasos nas obras refletem uma gestão que enfrenta desafios significativos na execução de projetos essenciais para a infraestrutura de Rio Branco. A cobrança da população por soluções efetivas e transparência nas ações da prefeitura se torna cada vez mais urgente, especialmente em um momento em que as promessas de transformação urbana ainda não se concretizaram. A expectativa é que a administração municipal retome a normalidade nas obras e garanta a qualidade e durabilidade das intervenções realizadas.

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