POLÍCIA
Cirurgião plástico é acusado de manter ex como escrava sexual: “Achei que fosse morrer”
O cirurgião plástico Ammar Mahmoud, 40 anos, de Nova York, nos Estados Unidos, está sendo acusado de transformar a sua ex-namorada, a modelo Maya Willow Sias, 25 anos, em “escrava sexual”. Ele teria submetido a modelo a diversos tipos de violência e tentado encobrir um olho roxo dela injetando preenchimento sem anestesia.
De acordo com o processo aberto na última terça-feira, 22, em Manhattan, Ammar teria espancado Maya brutalmente, chegando a quebrar a órbita ocular dela. A modelo pede uma indenização de US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões).
Segundo Maya, o cirurgião a levou secretamente para o Alinea Medical Spa, de sua propriedade, e injetou preenchimento ao redor do olho inchado. “Um procedimento torturante que ele fez sem anestesia”, diz o processo, segundo o NY Post.
“Ele me feriu no rosto com uma agulha, eu podia sentir a agulha arranhando o osso”, relatou ela ao jornal de Nova York.
No processo, Maya alega que Ammar é um homem viciado em drogas, álcool e sexo violento, que se esconde por trás da imagem de um cirurgião plástico atencioso. Ela também acredita que ele abusou de outras mulheres. Em 2014, uma ex-esposa o acusou de violência doméstica.
O relacionamento da modelo com o cirurgião durou nove meses, e ela registrou em fotos, anexadas ao processo, todas as violências que sofreu. “Ele a transformou em uma escrava sexual”, disse o advogado da modelo, Larry Hutcher, ao NY Post.
Relacionamento
Maya conheceu o cirurgião em abril do ano passado, em uma festa em um iate, em Miami. Na ocasião, Ammar a convidou para ter relações sexuais com ele e sua namorada da época, mas Maya recusou, mantendo contato com ele.
Durante uma viagem de trabalho para Nova York, Maya encontrou Ammar, e eles começaram a se relacionar. No início, o cirurgião a presenteava frequentemente, mas, com o tempo, ele se tornou cada vez mais agressivo, segundo ela relata.
Após jantarem em 7 de junho do ano passado, Maya acordou no meio da noite e encontrou Ammar festejando com três prostitutas no apartamento, segundo o processo. Ela o confrontou, o que o deixou furioso.
“Depois que as mulheres foram embora, o Dr. Mahmoud jogou Maya violentamente no chão, socou o seu rosto e o corpo sem piedade e sufocou seu rosto com um travesseiro, fazendo-a perder a consciência”, diz o processo. Ele ainda teria se desculpado e a forçado a permanecer no apartamento para que ninguém visse os ferimentos. “Achei que fosse morrer”, afirmou Maya ao NY Post.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.